Cuiabá, 07 de Maio de 2024

CIDADES Sexta-feira, 24 de Maio de 2019, 11:32 - A | A

24 de Maio de 2019, 11h:32 - A | A

CIDADES / REPERCUSSÃO NACIONAL

Após polêmica, CNJ pede que TJ investigue evento "Adoção na Passarela"

Claryssa Amorim
Única News



O corregedor Nacional de Justiça, ministro Humberto Martins, pediu em ofício para que a Corregedoria Geral do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) dê mais informações sobre o evento "Adoção na Passarela", em que crianças e adolescentes de instituições para adoção participaram desfilando, na última terça-feira (21), no Shopping Pantanal, em Cuiabá.

O evento que foi realizado pela Associação Mato-grossense de Pesquisa e Apoio à Adoção (Ampara) em parceria com a Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso (OAB-MT), tinha a intenção de divulgar as ações do Ampara em prol da adoção de crianças e adolescentes, entre 4 a 17 anos. Na internet, apesar da boa intenção, o evento foi alvo de críticas, dizendo que as crianças foram expostas como "produtos de uma gôndola" ou que remete às "feiras de escravos".

O Tribunal de Justiça tem prazo de 15 dias para cumprir o pedido e dar as devidas informações sobre o evento. A Ampara pediu autorização da Justiça para a realização da ação, que foi permitida pela 1ª Vara Especializada da Infância e Juventude, tendo como apoio a OAB.

O juiz da Infância e Juventude, Túlio Duailibe Alves, disse que o tema "adoção" é sensível e, por isso, se torna polêmico. Segundo o magistrado, o objetivo da ação é colocar as crianças e adolescentes como uma visibilidade melhor para serem adotadas, já que têm mais dificuldades.

"O fato de a ação dar essa visibilidade às crianças, não significa que ela deixou de ser protegida pelo Judiciário. Os disparos de críticas não correspondem com o que aconteceu no evento. O evento foi num ambiente familiar, convergente com aquilo que se idealizou por parte da OAB e Ampara, que são instituições com nome, que fazem trabalhos excelentes. Criou-se algo que é totalmente contrário ao que está sendo dito nas redes sociais", destacou o magistrado.

Em nota, a OAB esclareceu que o objetivo do evento não é expor as crianças como produto, mas sim de apresentar as crianças e adolescentes para a concretização da adoção.

"A ideia da ação visa promover a convivência social e mostrar a diversidade da construção familiar por meio da adoção, com a participação das famílias adotivas", cita a nota.

Também por meio de nota, o Pantanal Shopping repudiou as críticas e esclareceu que o único intuito de receber a ação foi para "contribuir com a promoção e conscientização sobre adoção e os direitos da criança e adolescente, com palestras e seminários conduzidos por órgãos competentes, que possuem legitimidade no assunto", consta na nota.

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