Claryssa Amorim
(Foto: Divulgação/Web)
Com mais de 11 mil presos no Estado de Mato Grosso, nenhum preso irá votar nas eleições 2018, neste domingo (7), que elegerá o governador, dois senadores, deputados estadual e federal, além do presidente do Brasil.
Segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), os presos que teriam direito, não manifestaram interesse para solicitar ao juiz, a saída do presídio, que seria no caso se fosse um caso isolado.
Conforme ainda a Sejudh, apenas os presos provisórios que têm o direito de votar, pois os que já foram condenados, em regime fechado, por estarem em inconformidade com a lei, perdem todos os direitos que um cidadão possa ter, inclusive de votar.
E pensamos como ocorreria a votação desses presos, se caso houvesse. Uma urna poderia ser disponibilizada em cada unidade prisional, porém, pelo menos 30 detentos, teriam que ter manifestado interesse, mas ao serem questionados em março, ninguém se interessou.
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) justifica que a falta desse interesse dos presos que têm direito, pode ser pelo motivo de não acreditarem que ainda irão estar presos até o dia da eleição, já que estão em prisão temporária, ou seja, preventiva.
E se caso aceitassem votar nessas eleições, o TRE providenciaria os documentos necessários para torná-lo apto a votar no dia 7 de outubro, eleições 2018.
Conforme ainda o TRE, caso esse preso provisório consiga a liberdade, ele terá as consequência igual a qualquer outro cidadão se não justificar. Para justificar, ele poderá apresentar junto ao TRE, o alvará de soltura concedido pelo juiz. Caso não apresente a justificativa, ele será multado no valor de R$ 3,50.
Em Mato Grosso possui 55 unidades prisionais com um pouco mais de 7 mil vagas para uma população carcerária de 11.600 presos, sendo um pouco mais de 10 mil homens e mais de 5 mil mulheres.
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