Ari Miranda
Única News
Em vídeo gravado durante reunião no Palácio Paiaguás, na tarde desta quinta-feira (10), o governador Mauro Mendes “alfinetou” os deputados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) que derrubaram o veto imposto por ele contra o funcionamento dos “mercadinhos” nos presídios de MT.
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Conforme noticiado pelo Única News, a proibição foi derrubada em votação secreta na sessão ordinária desta quarta (9) por 13 votos favoráveis a 10. A proibição, no entanto, havia sido estabelecida por Mauro no início de fevereiro, após a descoberta de que artigos supérfluos e de alto padrão, como Sucrilhos, creme de avelã “Nutella” e cuecas da marca Calvin Klein, estavam sendo vendidas para detentos no “mercadinho” da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiaba.
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Durante o discurso para membros de seu Staff e visitantes, no momento em que agradeceu o apoio dos deputados da AL nas ações de sua gestão, em tom de brincadeira, Mauro abordou a derrubada do veto aos mercadinhos, afirmando que gostaria de saber quem foram os 13 deputados que votaram favoráveis.
"Obrigado à Assembleia Legislativa, pelos momentos importantes em que ela ajuda. Tem algum ‘momentozinho’ que não, igual ontem, derrubou o veto lá do Mercadinho e tal, mas tudo bem, né? Faz parte, né (risos). Tem que saber, né?! Tem 13 ‘caboclos’ lá [soc.] que defendem mercadinho pra bandido. Tem que saber quem são os 13, né?(risos)”, disse o governador.
Além disso, Mauro – que tem alinhamento político de direita, brincou com o número de deputados que votou pela derrubada do veto. “ O número é uma coincidência. 13 deputados lá que [defendem os mercadinhos nas prisões]”, pontuou Mauro.
VOTAÇÃO SECRETA
Os nomes dos parlamentares favoráveis à aprovação da proposta não foram disponibilizados pela Casa de Leis. Porém, o único a se posicionar publicamente pela liberação e manutenção do texto original da proposta foi o deputado estadual Lúdio Cabral (PT).
“A Assembleia debateu de forma exaustiva esse projeto, aprovou. A defesa que eu faço é pela manutenção do texto aprovado pela Assembleia. Isso foi debatido com o Tribunal de Justiça, o doutor Orlando Perri esteve aqui várias vezes”, disse Lúdio na ocasião.
Além dos artigos de luxo, o Ministério Púbico de Mato Grosso (MPMT) revelou que facções criminosas usavam o mercadinho da PCE como uma espécie de “agência bancária”, movimentando quantias vultosas de dinheiro entre presos.
Após a aprovação, o Governo do Estado se manifestou contrário e disse que irá recorrer da decisão.
“O Governo irá judicializar a decisão por não concordar com as regalias nos presídios, pois os mercadinhos ofereciam produtos supérfluos como Nutella, chocolates, bombons, sorvetes, açaí, entre tantos outros”, ressaltou o Executivo.
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