Ari Miranda
Única News
O presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), deputado estadual Max Russi (PSB), confirmou que o procurador Luiz Eduardo Figueiredo Rocha e Silva, que na noite de quarta-feira (9) matou o morador de rua Ney Muller Alves Pereira (42), no bairro Boa Esperança, em Cuiabá, será exonerado do cargo que ocupava na Casa de Leis.
O procurador teve sua prisão em flagrante convertida para preventiva na tarde desta sexta-feira (11), após audiência de Custódia no Fórum da Capital. Ele se entregou na tarde desta quinta-feira (10) na sede da Delegacia de Homicídios e proteção à Pessoa (DHPP) da Capital, juntamente com a arma do crime, uma pistola Taurus .380 registrada em seu nome e o veículo Land Rover usado na ação.
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Assim que soube do ocorrido, conforme publicado pelo Única News, o presidente da AL já havia se posicionado contrário à permanência de Luiz Eduardo no quadro de funcionários da Casa Parlamentar, onde atuava desde 2015, na Subprocuradoria-geral de Gestão de Pessoas.
Segundo Max, a Secretaria de Gestão de Pessoas da AL já deu início ao Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra o servidor e adotou todas as medidas cabíveis para sua exoneração do cargo de confiança, deixando claro que, embora seja servidor efetivo da Casa, sua responsabilização pelo crime seguirá tanto no âmbito administrativo, quanto judicial.
"A Assembleia está tomando todas as providências que cabem à Assembleia. Ele tinha uma função dentro da Casa e nós já mandamos providenciar a exoneração dessa função", afirmou Max Russi, em conversa com a imprensa na manhã desta sexta-feira (11).
"Ficamos muito tristes. Primeiro, por uma vida que se perdeu. E também pela família do procurador, porque o ato impensado dele vai causar um transtorno muito grande. É muito negativo” completou.
Questionado se o envolvimento do servidor público no crime poderia refletir negativamente para a Assembleia Legislativa, Max assegurou que não, enfatizando que o crime em questão é um caso isolado.
"Nós temos muitos servidores, e cada servidor é responsável pelos seus atos. O importante é que a presidência da Assembleia está tomando todas as medidas necessárias para que a gente possa punir de forma exemplar esse caso", pontuou.
Reprodução

No detalhe a vítima, Ney Muller Alves Pereira.
O CRIME
O assassinato, que ganhou repercussão nacional, aconteceu por volta das 21h de quarta-feira (9), na Avenida Edgar Vieira, ao lado da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), no bairro Boa Esperança.
Em um vídeo que mostra o momento do crime, Luiz Eduardo chega em uma Land Rover de cor preta, pára rapidamente próximo a Ney, que caminhava pela calçada e o chama. Ao se aproximar do veículo, o funcionário público atira no rosto do morador de rua e, em seguida, foge do local.
Após ser decretada a prisão preventiva, devido a Luiz Eduardo possuir formação superior em Direito, ele foi transferido para Rondonópolis (218 Km de Cuiabá), onde ficará preso em cela especial, na Sala de Estado Maior - anexo da Penitenciária Major Eldo Sá, a “Mata Grande”, destinado à detenção de advogados, onde aguardará a conclusão do inquérito e decisão da Justiça.
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