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POLÍTICA Terça-feira, 27 de Dezembro de 2022, 15:08 - A | A

27 de Dezembro de 2022, 15h:08 - A | A

POLÍTICA / ‘SER OU NÃO SER’

União Brasil fracassará caso componha com Lula, afirma Júlio

Decano da política de MT afirma que partido está “fadado ao fracasso” caso faça parte da base aliada do presidente eleito, Lula (PT)

Ari Miranda
Única News



O ex-governador e deputado estadual eleito, Júlio Campos, afirmou nesta semana que o União Brasil, partido do qual faz parte, está ‘fadado ao fracasso’, caso resolva fazer parte da base aliada do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sem que a Executiva Nacional do partido ouça os parlamentares que foram eleitos e reeleitos para a Câmara e o Senado Federal.

Caso a direção decida tomar a decisão sem o aval dos filiados, Júlio foi categórico em afirmar que o União vai repetir o mesmo erro das eleições deste ano, onde o partido lançou a candidatura da senadora Soraya Thronicke à presidência; chapa que obteve o apoio de pouquíssimas lideranças e pouco mais de 600 mil votos. O fracasso iminente preocupa preocupa o político mato-grossense.

“Se o União Brasil for compor com o governo de Lula sem ouvir as bases partidárias, mais uma vez irá ao fracasso, como foi com a candidatura própria da Soraya(...). Não tem sentido o partido não reunir pelo menos os deputados federais e senadores. Eles têm que ser ouvidos, se querem ou não participar do governo”, disse Campos.

Conversas de bastidores dão conta de que, em troca de apoio, Lula ofereceu o Ministério da Integração Nacional para o União Brasil, com a esperança de ter o partido em sua base. A ideia inicial do presidente eleito é que o ministério fique com o deputado federal baiano Elmar Nascimento, relator da PEC da Transição na Câmara e líder do UB no parlamento, diminuindo com isso a bancada de oposição no Congresso Nacional e melhorando sua governabilidade.

No entanto, Júlio Campos defende uma independência da legenda, dando apoio apenas aos bons projetos do governo e evitando um "racha" dentro do União, visto que a maioria dos filiados da agremiação apoiaram o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL) nas eleições deste ano.

“Eu acho que, nesse momento não. O partido poderia ficar independente, apoiar os bons projetos de interesses do governo federal, mas sem, inicialmente, ocupar cargo. 80% das bases, ou mais, do atual União Brasil votou com Bolsonaro e perdeu. Quem votou e perdeu deve ser oposição. Não sendo oposição, pelo menos deve ser independente”, asseverou.

Campos aponta ainda que, caso haja uma aliança entre União Brasil e o presidente Lula, o partido corre o risco de voltar à velha pecha do antigo Partido da Frente Liberal (PFL/Democratas) de ser sempre um partido pró-governo, independente se direita ou esquerda, definindo uma ida do partido para a base de Lula como uma “barganha”.

“Ir compor a troco de ministério, vai voltar ao União Brasil aquela pecha que tinha no antigo PFL, de ser um partido governista. Qualquer um que estava no governo, o PFL estava, como é o caso do Centrão, PP, PSD (...). Mudou de governo e não impede de ir ao governo”, concluiu.

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