Christinny dos Santos
Única News
Nataly Helen Martins Pereira, que matou a adolescente de 16 anos, Emilly Azevedo Sena, e roubou seu bebê, tem outros três filhos. Em depoimento, a criminosa confessou o crime e o detalhou com frieza. Diante das circunstâncias, a Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) decidiu investigar se a mulher é realmente a mãe biológica das outras crianças.
Grávida de 9 meses, Emilly saiu de casa na quarta-feira (12) e disse para o pai que buscaria doações de roupas de bebê em Cuiabá, pois contava com elas para montar o enxoval. Nataly a atraiu para uma emboscada, onde a atacou, realizou o parto do bebê de maneira forçada e a deixou morrer. Vinte e quatro horas depois, o corpo da adolescente foi encontrado em uma cova rasa no quintal ao fundo da casa de parentes da criminosa.
O delegado Caio Albuquerque, responsável pelo inquérito que investiga a morte da adolescente, afirmou que a DHPP investigará todas as hipóteses levantadas acerca do crime, inclusive se os filhos de Nataly são filhos biológicos.
"Com certeza. É um caso que a gente vai a fundo em todas as vertentes, tá? Essa situação também, todos os envolvidos. [...] Vai ser aferida também qual o intuito dela em ter essa criança. Isso precisa ser esclarecido", afirmou o delegado, ao ser questionado sobre a possibilidade de as crianças criadas por ela terem sido vítima de crimes semelhantes ao que ela cometeu contra Emilly.
Além disso, o delegado ressaltou que Christian Albino Cebalho de Arruda e outros dois homens presos suspeitos de participação no crime também serão investigados, mesmo após terem sido liberados na noite de quinta-feira (13). "Eu enfatizo bem, tá? Todas essas pessoas que foram conduzidas vão ser verificadas, todos os elementos ali para saber se eles têm algum tipo de envolvimento, ainda que mínimo, e essa situação vai ser aferida", destacou.
Parto forçado
conforme noticiado pelo Única News, Emilly morreu por hemorragia, após ser asfixiada com um fio de internet - que a deixou apenas inconsciente - e ter a barriga cortada com uma faca de cozinha. A assassina, Nataly, roubou a filha de Emilly e tentou registrá-la no Hospital Santa Helena, em Cuiabá, onde foi presa em flagrante.
"E como ela estava viva, tirou o nenê enquanto ela estava viva. Ela foi agonizando e morreu", destacou a Diretora Metropolitana de Medicina Legal, Dr. Alessandra Carvalho, em coletiva à imprensa na manhã desta sexta-feira (14).
A jovem morreu "exsanguinada", ou seja, perdeu todo o sangue de seu corpo. A hemorragia foi causada por dois cortes grandes feitos na barriga dela para retirar a bebê, em forma de "T".
Prisões
Após o desaparecimento de Emilly, Nataly, acompanhada do marido, Christian Albino Cebalho de Arruda, foi presa no Hospital e Maternidade Santa Helena, tentando registrar uma bebê recém-nascida, alegando ter tido um parto em casa. No entanto, a equipe médica foi bastante perspicaz e percebeu que a mulher não tinha sinais de ter tido um parto recente. A suspeita foi confirmada através de exames que apontaram que não havia sinais de parto ou mesmo de amamentação no corpo da mulher.
A recém-nascida ficou internada no hospital e o casal foi preso em flagrante.
Na manhã de quinta-feira (13), a Polícia Civil fez buscas na casa de um parente de Nataly, onde o corpo de Emilly foi encontrado na cova rasa. Então outras duas pessoas foram presas.
Nataly, porém, confessou o crime, isentado o marido e os outros dois de participação no crime. Diante disso, apenas ela ficou presa e eles foram liberados na noite de quinta-feira.
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