21 de Abril de 2025
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POLÍCIA Sexta-feira, 21 de Março de 2025, 14:38 - A | A

21 de Março de 2025, 14h:38 - A | A

POLÍCIA / MORTO EM OPERAÇÃO

Mulher de ‘Gilmarzinho’ diz que marido não trocou tiros com Gaeco e aponta execução

Única News
Da Redação



Uma mulher, nome não divulgado, que se apresenta como a esposa de Gilmar Machado da Costa, de 44 anos, foi até as redes sociais afirmar que ‘Gilmarzinho’, morto durante a operação ‘Acqua Ilícita’, na manhã de quinta-feira (20), no bairro Nova Consquista, não ofereceu risco nenhum aos policias e que seu esposo foi vítima de uma execução.

No vídeo, a mulher explica que ela, seus filhos, sobrinho e esposo estavam dormindo quando os policias do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) chegaram à residência, que era alvo de busca e apreensão, procurando por Gilmar. Ela relata que saiu para atender os militares e, logo na sequencia, teria ouvido disparos.

“A gente já foi acordado hoje às 6 horas da manhã pela polícia e meu marido estava dormindo comigo, quando o policial invadiu a nossa casa e acordou todo mundo e aí a gente desceu as escadas e o Gilmar ficou. E aí a gente só escutou seis tiros. Ele não ofereceu resistência, ele não ofereceu nenhum tipo de ameaça, ele não estava armado, foi execução”, disse a mulher.

Ainda na gravação, a mulher tenta defender a reputação do marido falecido, contesta a versão da polícia, afirmando que Gilmar ‘era uma boa pessoa’.

“O que a polícia tá falando? Não é. Meu marido nunca matou ninguém, nem por defesa, nunca. E agora a polícia tá alegando uma coisa horrenda dele. Foi tudo muito rápido, seis tiros no peito dele, peneiraram ele. Isso dói muito, porque a polícia fala que é um bandido, que fazia coisa ilícita assim, mas o coração dele era de ouro.”

Gilmar foi um dos alvos da Operação Acqua Ilicita, deflagrada pelo Gaeco nas primeiras horas desta quinta, e morreu em confronto com os agentes em um dos endereços apontados nas investigações, no bairro Nova Conquista, onde também atuava como líder comunitário. A operação investigava a participação dele em um esquema de extorsão a donos de revendas de água mineral e lavagem de dinheiro, movimentado por uma facção criminosa na Capital, em Várzea Grande e nas cidades de Nobres e Sinop (a 122 e 500 Km de Cuiabá).

Além de Gilmar, também morreu em confronto com o Gaeco em outro endereço do bairro Nova Conquista, o faccionado Fabio Junior Batista Pires, vulgo “Farrame”, que em 2018 também foi alvo da Operação Red Money, da Polícia Civil.

No ano de 2020, Gilmar foi preso em flagrante desenterrando drogas em uma área de mata do bairro. Segundo as investigações da época, o suspeito levaria os entorpecentes para outro local e, de acordo com os autos, abasteceria bocas de fumo da região.

Pelo crime, ele foi condenado a 9 anos prisão e 900 dias-multa por tráfico de drogas. Todavia, sua defesa recorreu e, em junho de 2022, o Superior Tribunal de Justiça (STJ), reduziu a pena de Gilmar para 6 anos, 9 meses e 20 dias de reclusão e 680 dias-multa, mantidos os demais termos da condenação.

Quatro anos depois de sua prisão, o criminoso recebeu a moção do legislativo cuiabano, proposto pelo vereador Pastor Jefferson Siqueira (PSD), que justificou a concessão da honraria a Gilmar "pelos serviços prestados por ele enquanto líder comunitário do Nova Conquista".

 

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