21 de Abril de 2025
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POLÍCIA Sábado, 15 de Março de 2025, 09:00 - A | A

15 de Março de 2025, 09h:00 - A | A

POLÍCIA / CASO EMILLY SENA

Equipe médica que descobriu roubo de bebê é elogiada; "Expertise e perspicácia"

A perita médica afirmou que as ginecologistas e obstetras foram perspicazes, ressaltando a expertise das profissionais em reconhecer a fraude e acionar as autoridades

Christinny dos Santos
Única News



A equipe médica do Hospital Santa Helena que suspeitou que Nataly Helen Martins Pereira não fosse a verdadeira mãe da bebê, que mais tarde descobriu-se ter sido roubada da adolescente de 16 anos, Emilly Azevedo Sena, a quem ela matou, foi elogiada pela diretora metropolitana de Medicina Legal, Dr. Alessandra Carvalho. A perita médica afirmou que as ginecologistas e obstetras foram perspicazes, ressaltando a expertise das profissionais em reconhecer a fraude e acionar as autoridades.

"A atuação da colega, das colegas, no atendimento foi de expertise! Não só como ginecologistas e obstetras, elas tiveram o feeling médico-legal também", afirmou a Dr.ᵃ Alessandra.

Grávida de 9 meses, Emilly saiu de casa na quarta-feira (12) e disse para o pai que buscaria roupas de bebê que havia ganho em Cuiabá, pois contava com as doações para montar o enxoval. Nataly a atraiu para uma emboscada, onde a atacou, realizou o parto do bebê de maneira forçada e a deixou morrer. Vinte e quatro horas depois, o corpo da adolescente foi encontrado em uma cova rasa no quintal ao fundo da casa de parentes da criminosa.

Acompanhada do marido Christian Albino Cebalho de Arruda e da cunhada, Nataly foi ao Hospital e Maternidade Santa Helena, tentando registrar a bebê recém-nascida, alegando ter tido um parto em casa.

É relativamente comum que mulheres que tiveram partos em casa, no carro ou de outra maneira "atípica", procurem o Hospital Santa Helena, já que a unidade é porta aberta para obstetrícia, explicou o Dr. Marcelo Sandrin, médico e sócio-proprietário da unidade. Então, quando Nataly chegou informando que havia parido em casa, a equipe médica seguiu o procedimento "padrão", a levando para um pré-quarto, uma "sala de processamento", para realizar exames e identificar possível ruptura uterina ou ruptura de perímetro.

O momento de expertise ocorreu quando, ao notar a insistente recusa de Nataly em realizar os exames, as profissionais se lembraram que o Núcleo de Desaparecidos da Polícia Civil divulgou a informação de que uma adolescente de 16 anos, grávida, estava desaparecida. Foi o que ressaltou a diretora de Medicina Legal.

"Inclusive a colega já foi legista e tudo mais, ela tem na veia a medicina legal. Dentro do hospital a colega teve a informação de que havia um desaparecimento de uma gestante de 16 anos. Então, todos esses elementos corroboraram para o processo investigativo", destacou Dr.ᵃ Alessandra.

A partir do momento em que se constatou a falta de sinal de parto recente e também do hormônio gonadotrofina coriônica humana, o hCG, a equipe confirmou a fraude e acionou as autoridades. "Não tinha [hCG], e nessa época, já com oitavo, para nono mês, a quantidade é grande demais, né? Então, configurou-se uma fraude. E elas (as profissionais) simplesmente, então, entraram em contato com as autoridades, que prontamente atenderam", relatou o Dr. Sandrin.

Leia tudo sobre o caso

Parto forçado

Conforme noticiado pelo Única News, Emilly morreu por hemorragia, após ser asfixiada com um fio de internet — que a deixou apenas inconsciente — e ter a barriga cortada com uma faca de cozinha.

"E como ela estava viva, tirou o nenê enquanto ela estava viva. Ela foi agonizando e morreu", destacou a Diretora Metropolitana de Medicina Legal, Dr. Alessandra Carvalho, em coletiva à imprensa na manhã desta sexta-feira (14).

A jovem morreu "exsanguinada", ou seja, perdeu todo o sangue de seu corpo. A hemorragia foi causada por dois cortes grandes feitos na barriga dela para retirar a bebê, em forma de "T".

Felizmente, a bebê está bem e saudável. Após triagem, o caso vem sendo acompanhado pelo Conselho Tutelar e, após os procedimentos legais, ela ficará sob tutela do pai e da avó materna.

Prisões

Após o desaparecimento de Emilly, Nataly, acompanhada do marido, Christian Albino Cebalho de Arruda, foi presa no Hospital e Maternidade Santa Helena, tentando registrar uma bebê recém-nascida, alegando ter tido um parto em casa. No entanto, a equipe médica foi bastante perspicaz e percebeu que a mulher não tinha sinais de ter tido um parto recente. A suspeita foi confirmada através de exames que apontaram que não havia sinais de parto ou mesmo de amamentação no corpo da mulher.

A recém-nascida ficou internada no hospital e o casal foi preso em flagrante.

Na manhã de quinta-feira (13), a Polícia Civil fez buscas na casa de um parente de Nataly, onde o corpo de Emilly foi encontrado na cova rasa. Então outras duas pessoas foram presas.

Nataly, porém, confessou o crime, isentado o marido e os outros dois de participação no crime. Diante disso, apenas ela ficou presa e eles foram liberados na noite de quinta-feira.

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