Christinny dos Santos
Única News
Ao contrário do que se pode pensar, agressores sexuais de crianças são pessoas de aparência normal e, às vezes, até "amável", apontou a delegada Jéssica Assis, titular da Delegacia de Polícia Civil de Sorriso. A delegada destacou que, frequentemente, pedófilos buscam profissões onde tenham contato com menores e já tiveram seus perfis traçados.
Pesquisas e estudos já traçam o perfil desse tipo de agressor, apontando características de personalidade e comportamento social que facilitam seu reconhecimento, possibilitando que pais e responsáveis fiquem atentos a adultos que se relacionam com seus filhos e/ou outras crianças sob sua tutela.
Assis destacou que pedófilos, sobretudo aqueles que escolhem as vítimas fora de seu meio familiar, na maioria das vezes têm aparência "amável", mas são solitários e buscam trabalhar próximo de crianças para poderem criar vínculos com as vítimas, de maneira que outras pessoas não venham desconfiar da intenção criminosa.
"Pedófilos, geralmente tem esse perfil (aparência amável). O pedófilo tem um perfil e as pesquisas já mostram. Principalmente nesse âmbito de um abuso que não é com pessoas da família, geralmente ele é solitário, acaba não tendo um relacionamento público, busca uma profissão que vá trabalhar com crianças e possa ter uma interação mais estreita com esse tipo de público e possa ganhar vínculo de uma maneira 'desvigiada'", explicou a delegada.
A cartilha Maio Laranja, desenvolvida pelo Governo Federal, destaca que, além ter aparência normal ou amável, pedófilos que agem foram do âmbito familiar tem medo de se relacionar afetivamente, de ter intimidade com outros adultos, podem ser dependente de drogas e/ou álcool e também ter problemas emocionais graves.
Já com as vítimas, eles escolhem se relacionar usando manipulação, presentes, privilégios ou violência para conseguir o que querem, sempre longe da vigilância de outros adultos. Para cometer os abusos sexuais, eles usam normalmente o efeito surpresa.
Para serem considerados crime, os abusos sexuais não necessariamente precisam ser físicos. A lei determina que colocar a vítima em contato com materiais pornográficos; aliciar, assediar, instigar ou constranger crianças a fim de fazer com que ela pratique ato libidinoso; ou deixar a vítima presenciar relações sexuais, entre outras práticas, também é considerado crime.
Ao serem violentada, crianças e adolescentes podem reagir de diferentes formas, a depender do tipo de abuso sofrido e da faixa etária em que ela se encaixa. Por exemplo: vítimas de até 4 anos que sofrem estimulação genital, anal ou tentativa de penetração podem ter inflamações, hemorragias ou corrimentos. Do ponto de vista psicológico, desenhos sexualizado, perturbação do sono ou medo de homens também pode indicar abusos.
Denuncie
Em caso de flagrante ou que a situação de violência esteja ocorrendo naquele momento, telefone para o número 190. Para denunciar anonimamente a violência, telefone para 181. As informações serão conferidas pela polícia. Também é possível contatar o Conselho Tutelar ou procurar a delegacia mais próxima da sua casa.
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