21 de Abril de 2025
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POLÍCIA Sexta-feira, 14 de Março de 2025, 10:12 - A | A

14 de Março de 2025, 10h:12 - A | A

POLÍCIA / VEJA DEPOIMENTO CHOCANTE

Caso Emilly Sena: Assassina diz que pensou em desistir; “Mas ela tava lá, eu já tinha feito a cova”

Euziany Teodoro
Única News



A assassina da adolescente Emilly Azevedo Sena, de 16 anos, deu um depoimento detalhado e frio na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), nessa quinta-feira (13).

Nataly Helen Pereira, de 25 anos, enforcou com um cabo de internet a adolescente grávida, e com a jovem ainda viva, cortou a barriga dela em forma de “T” e arrancou a criança, que queria tomar para si. Emilly morreu por exsanguinação, ou seja, perdeu todo o sangue de seu corpo até morrer.

Vídeo de um trecho do depoimento, divulgado pelo portal VG Notícias, mostra a mulher detalhando tudo o que fez. O que mais choca é quando ela diz que “não queria mais” matar a garota, mas fez porque “ela já estava lá” e já tinha cavado a cova onde Emilly foi achada.

“Na verdade, depois que eu já tinha cavado o buraco, que ela chegou, sentou e conversou comigo, eu já não queria mais fazer. Eu não queria mais. E aí, só que, tipo, ela já estava lá, o trem já estava lá, depois eu ia falar o quê? Que eu fiz aquele buraco lá pra quê?”, diz a mulher.

Nataly atraiu Emilly com a promessa de doar roupas para a bebê que a garota estava esperando. Ela ja estava grávida de nove meses. Na quarta-feira (12), por volta de meio dia, Emilly foi buscar as doações e nunca mais saiu.

No depoimento, a assassina conta que a pegou por trás, passando um fio de internet em seu pescoço, quando a adolescente olhava as roupinhas infantis.

“Foi virando, tipo, uma bola de neve. Aí eu levei ela pra abrir as roupinhas no outro quarto. Quando ela voltou, eu peguei ela por trás com um fio. Nós conversando, nós ficamos umas, bem dizer, meia hora, quarenta minutos conversando. Eu bebi refrigerante, eu dei água, perguntei se ela queria comer alguma coisa. Ela falou que não, só queria beber mesmo, que foi o que ela fez. Bebeu água, bebeu refrigerante. E aí, nós ficamos conversando sobre tudo. A vida, a criança, tudo, como que aconteceu.”

Como o Única News divulgou nessa quinta-feira, Nataly sofreu um aborto há seis meses, em agosto do ano passado. Desde então, estava procurando alguém que lhe desse uma criança. Ela confirmou isso em depoimento, dizendo que viu em Emilly uma "oportunidade".

“Quando ela falou que ela não estava muito legal, que ela não queria a filha, e eu queria, entendeu? E aí eu tive [a ideia]. Eu estava procurando alguém. Na rua, em casa de abrigo, pessoas que não queriam ter nenhum, porque eu queria ser mãe novamente, e eu não posso, só que eu não achei. E teve essa oportunidade, infeliz, mas teve, e eu fiz”.

VEJA O DEPOIMENTO

O CASO

Leia tudo sobre o assunto

Conforme noticiado pelo Única News, o crime foi cometido de forma fria e cruel por Nataly Helen Martins Pereira (25), que confessou ter cometido o assassinato sozinha, após atrair a garota para uma emboscada com a promessa de que receberia doação de roupas para sua bebê.

O marido de Nataly, o chef de cozinha Christian Albino Cebalho de Arruda, chegou a ser preso junto com ela, quando tentavam registrar a criança, que foi retirada da barriga da jovem após ser assassinada, e depois enterrada no quintal da residência.

Além do casal, outras duas pessoas suspeitas de terem ajudado no crime também foram presas. No entanto, na noite dessa quinta-feira, Christian e os outros dois suspeitos foram soltos. Apenas Nataly continua detida.

Emilly desapareceu na quarta-feira (12). Nataly e o marido dela, Christian, foram presos no Hospital e Maternidade Santa Helena, tentando registrar a bebê recém-nascida roubada da barriga da jovem assassinada, alegando que o parto da criança aconteceu em casa.

No entanto, a equipe médica do local foi bastante perspicaz e percebeu que Nataly não tinha sinais de ter tido um parto recente. A suspeita foi confirmada através de exames que apontaram que não havia sinais de parto ou mesmo de amamentação no corpo da mulher.

A recém-nascida ficou internada no hospital e o casal foi preso em flagrante. Na manhã de quinta-feira (13), a Polícia Civil fez buscas na casa de um parente de Nataly e o corpo de Emilly foi encontrado em uma cova rasa, com a perna exposta.

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