Cuiabá, 25 de Abril de 2024

POLÍCIA Sexta-feira, 14 de Setembro de 2018, 13:08 - A | A

14 de Setembro de 2018, 13h:08 - A | A

POLÍCIA / CASO RODRIGO CLARO

Após quase dois anos, morte de bombeiro segue sem justiça

Daffiny Delgado



(Foto: Reprodução)

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Às vésperas de se completar 1 ano e nove meses da morte do aluno bombeiro Rodrigo Claro, a 11ª Vara da Justiça Militar de Mato Grosso realiza sua primeira audiência, na tarde desta sexta-feira (14), no Fórum de Cuiabá. Juiz titular, Murilo Moura Mesquita, dará sequência nas oitivas. 

 

A Justiça, julgará a tenente do Corpo de Bombeiros Izadora Ledur, apontada pelo Ministério Público Estadual (MPE) por práticas de tortura no âmbito do 16° Curso de Formação de Corpo de Bombeiros. A prática da ré, culminou na morte do aluno no dia 15 de dezembro de 2016, após ficar 5 dias internado.

 

Ele passou mal durante o treinamento que a tenente Ledur era a instrutora. Onde foi submetido a uma sequência de "Caldos" (afogamentos), como forma de punição aplicado pela tenete, pelo mau desempenho na prova aquática, realizada na Lagoa Trevisan, em Cuiabá.

 

Inicialmente, o processo sobre o caso corria no âmbito da 7° Vara Criminal da Justiça Comum, onde o juiz Marcos Faleiros chegou a ouvir sete testemunhas, sendo que seis são bombeiros militares que, à época da morte de Rodrigo, também eram alunos e do mesmo pelotão que a vítima. 

 

A mudança para a Justiça Militar só ocorreu no dia 04 de abril deste ano, após atender a um pedido da defesa de Ledur para transferência do processo para a 11° Vara, baseando-se na Lei 13.491/2017 que estabelece a competência à Justiça Militar, e não à Justiça Comum, os crimes dolosos cometidos por militares.

 

Ao Site Única News, a mãe da vítima, Dona Jane Patrícia Claro, reafirmou sua fé em Deus que a justiça pela morte de Rodrigo seja feita. 

 

"É difícil relembrar, dói muito, a ferida nunca se fecha. Mas, eu tenho fé que a justiça será feita. A luta da família Claro hoje é por outras vidas, por outros jovens que tenham em seus corações o sonho de seguir uma vida Militar, e possam realizar os cursos de formação sem medo de serem torturados", afirmou.

 

Juiz titular, Murilo Moura Mesquita, dará sequência nas oitivas. 

 

Réus

 

Além de Ledur, outros cinco bombeiros haviam sido denunciados pelo MPE pela morte de Rodrigo, sendo eles - Marcelo Augusto Revéles Carvalho, Thales Emmanuel da Silva Pereira, Diones Nunes Siqueira, Francisco Alves de Barros e Enéas de Oliveira Xavier.

 

Em relação a esses militares, durante a primeira audiência ficou acordado pelo MPE, que eles cumpram uma espécie de “pena” em regime aberto por 3 anos.

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