Ari Miranda
Única News
(Foto: Reprodução)
A Justiça de Mato Grosso marcou para o mês de abril deste ano o júri popular de quatro homens réus por integrar um grupo de extermínio que atuava em Várzea Grande. O bando foi investigado na “Operação Mercenários” e é alvo de vários processos. No entanto, o julgamento em questão trata do envolvimento da quadrilha no assassinato de Cleiton Albuquerque de Magalhães (27), ocorrido em 3 de março de 2016, no bairro Construmat.
Segundo o inquérito policial, o grupo, composto por José Edmilson Pires dos Santos, Claudiomar Garcia de Carvalho, José Francisco Carvalho Pereira e Jeferson Fátimo da Silva, era especializado no crime de sicariato (homicídio por encomenda) e tinha como alvos pessoas com passagens criminais. Cada membro da quadrilha tinha função específica para garantir êxito na empreitada criminosa.
“Narra os autos, que citada organização criminosa, detinha objetivo principal ceifar a vida de pessoas com passagens policiais, caracterizadora de ações de grupos de extermínio, além de atuarem mediante o pagamento de recompensa, caracterizadora de crimes mercenários ou de pistolagem, com a participação em diversos crimes de homicídio”, diz trecho da ação.
Conforme as investigações, era José Edmilson quem escolhia as vítimas e planejava as execuções. Segundo as investigações, o indiciado pode ter participado de cerca de 60 homicídios. Já Claudiomar fornecia as armas para o bando e, por fim, José Francisco e Jeferson eram os executores dos crimes.
“São dos autos que a vítima, supostamente, teria sido autora de um homicídio praticado contra um policial militar, e por tal razão os denunciados resolveram vingar-se lhe ceifando a vida”, consta em trecho da decisão do dia 25 de janeiro.
A vítima, Cleiton Albuquerque, era acusada da morte do policial militar Djamir Lídio de Jesus (35), morto durante uma tentativa de assalto em 2009, em um posto de combustíveis na avenida da FEB, em Várzea Grande.
A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público Estadual (MPMT) em maio de 2016 e recebida pela Justiça. Desde então, a audiência de julgamento foi marcada para dia 4 de dezembro de 2019 e remarcada posteriormente para 16 de abril de 2020, sendo então adiada por causa das medidas restritivas da Covid-19. Depois disso, o julgamento chegou a ser remarcado duas vezes em 2021 e outra em 2022.
“Posto isso, designa-se o dia 06 de junho de 2024 às 13h para a realização de sessão de julgamento pelo Tribunal do Júri no PLENÁRIO DA 1ª VARA CRIMINAL dos acusados José Edmilson Pires dos Santos, José Francisco Carvalho Pereira, Claudiomar Garcia De Carvalho e Jeferson Fátimo da Silva, a ser realizada na forma presencial”, determinou a juíza de Direito Marina Carlos França.
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