Ari Miranda
Única News
Em publicação no Instagram, o procurador de Justiça Domingos Sávio Barros de Arruda, do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), avaliou como "idônea e verossímil" a denúncia feita recentemente pelo prefeito eleito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL) sobre a existência de vereadores eleitos da Capital estariam atuando como “tentáculos” da facção Comando Vermelho na Câmara de Cuiabá.
No início desta semana, Abílio detalhou à Polícia Federal a denúncia de que referida facção estaria interferindo na disputa da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Cuiabá, em janeiro do ano que vem, e que um grupo de vereadores recebeu propostas de R$ 200 mil cada para votar em um determinado candidato a presidente.
Segundo o procurador, a denúncia de Brunini é pertinente e deve sim ser levada em consideração e investigada, uma vez que não é surpresa que as facções criminosas têm buscado diversificar suas áreas de atuação – entre elas, a política.
“É muito grave a acusação feita pelo prefeito eleito de Cuiabá. (...) o crime organizado, de fato, vem se mobilizando em todo o Brasil, para cada vez mais se embrenhar nas estruturas da administração pública em geral”, afirmou Domingos Sávio.
"A denúncia do prefeito eleito não é leviana, e nem pode ser rotulada como mero discurso político. Por conta disso tudo, devemos ter como idônea e verossímil a acusação feita por ele", completou.
O representante do MP enfatizou ainda que os chefes das facções do país entenderam que, na política, eles podem ter amparo e respaldo para eles expandirem sua atuação em diversos nichos da sociedade.
“Os líderes das organizações criminosas, a exemplo do que ocorre em outros países, se convenceram de que é por demais importante para os seus negócios estenderem os seus ‘ tentáculos’ nas entranhas dos poderes e instituições do Estado, e ter ali pessoas que os representam e atendam aos seus interesses”, lembrou.
"Isso, aliás, pode ser apontado como uma característica do crime organizado. No entanto, a denúncia é preocupante, quando aponta incisivamente, de maneira tão taxativa, que existem vereadores eleitos em Cuiabá graças ao apoio dessas organizações, e que elas buscam agora influenciar na definição da Misa Diretora da Câmara Municipal", enalteceu.
Ao final, Domingos Sávio determinou que o caso seja investigado pela Polícia Civil, ante a gravidade do exposto.
"O prefeito eleito (...) já se reuniu com o secretário estadual de Segurança Pública e apresentou as informações que ele possui e que dão suporte às suas denúncias. Cabe agora a Polícia Judiciária Civil investigar verticalizadamente o caso. Vamos aguardar. Isso não pode ser deixado de lado", pontuou.
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