Aline Almeida
Única News
(Foto: Reprodução)

Tribunal do Júri em Várzea Grande condenou Joilson James Queiroz a 46 anos de prisão pela “chacina da Fazenda São João”. O réu cumprirá a pena em regime inicialmente fechado. O júri ocorreu na terça-feira (06), no Fórum de Várzea Grande, prestes a completar 20 anos da chacina. Joilson participou do crime, que resultou na morte de quatro pessoas. As vítimas foram executadas ao entrar para pescar sem autorização na fazenda do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro.
"Dessa forma, atendendo às graves circunstâncias dos crimes e observando o disposto na parte final do dispositivo citado, é suficiente para a reprovação dos fatos, o que aumento a pena em dobro, assim, TORNO DEFINITIVA a reprimenda em 46 (quarenta e seis) anos de reclusão", confirma trecho de decisão.
Na decisão também foi mantida a prisão. "Logo, presentes os requisitos da manutenção da prisão preventiva em face do réu, notadamente a necessidade de resguardar a ordem pública, em face da gravidade concreta das condutas pelas quais foi condenado, bem como visando garantir a aplicação da Lei Penal, MANTENHO a prisão preventiva do réu JOILSON JAMES QUEIROZ e nego-lhe o direito de recorrer em liberdade", destacou o juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira.
Joilson foi denunciado pelo Ministério Público, junto com mais sete pessoas, pelas mortes de Pedro Francisco da Silva, José Ferreira de Almeida, Itamar Batista Barcelos e Areli Manoel de Oliveira. Os crimes aconteceram na propriedade de João Arcanjo Ribeiro, nas represas de psicultura, no dia 20 de março de 2004.
Durante as investigações a Polícia Civil identificou que os envolvidos nos crimes eram todos funcionários da propriedade, que foram indiciados por homicídio qualificado (cometido por motivo fútil, uso de meio cruel e sem chance de defesa), ocultação de cadáver e formação de quadrilha. O Ministério Público Estadual ofereceu denúncia à Justiça ainda em 2004.
Uma vítima foi morta por disparo de arma de foto e três delas foram amarradas e torturadas, antes de serem mortas por afogamento. Depois de mortos, os quatro tiveram os corpos jogados em diferentes pontos, em uma área da localidade de Capão das Antas, a fim de dificultar o trabalho investigativo da polícia.
O inquérito conduzido à época pela equipe do delegado Wylton Massao Ohara apurou que as quatro vítimas foram à fazenda para pescar em um dos tanques de peixe da propriedade, na manhã do sábado de 20 de março. Conforme a investigação, os amigos teriam ido ao local na intenção de pescar para consumo de suas famílias, quando foram surpreendidos pelos seguranças da fazenda e mortos.
Como os quatro não retornaram para casa no dia seguinte, as famílias procuraram a polícia e teve início a busca pelas vítimas. Ainda no domingo, a Polícia Militar localizou as quatro bicicletas próximas à cerca da fazenda. Após diversas buscas, os corpos foram localizados em uma área fora da fazenda, a fim de ocultar o crime e dificultar a investigação.
A denúncia aponta que Joilson era o administrador da fazenda e os demais denunciados como seguranças. De acordo com o MP, foi Joilson que deu a ordem para os seguranças matarem três vítimas, após a primeira ter sido morta a tiros.
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