21 de Abril de 2025
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AGRONEGÓCIO Sexta-feira, 05 de Julho de 2024, 19:25 - A | A

05 de Julho de 2024, 19h:25 - A | A

AGRONEGÓCIO / PERDENDO FORÇA

Queda do dólar reduz até R$ 5/saca dos preços da soja nos portos do Brasil

Carla Mendes
Notícias Agrícolas



O mercado da soja passou esta quinta-feira, 4 de julho, sem a referência da Bolsa de Chicago, com o feriado nos Estados Unidos em comemoração ao dia da independência. Assim, o foco dos agentes passou a ser o dólar e sua baixa frente ao real. Perto de 15h40 (horário de Brasília), a moeda americana cedia mais de 1%, sendo cotada a R$ 5,49, pressionando os indicativos da oleaginosa no cenário nacional. 

"Alguns compradores permaneceram ativos no mercado no Brasil, com preços entre estabilidade e quedas frente aos valores de do dia anterior em função do dólar", afirmou o time da Pátria Agronegócios.

Nesta semana, as cotações já chegaram a testar preços recordes para a soja brasileira disponível, em especial nos portos, com Chicago ainda acima dos US$ 11,00 por bushel e o dólar testando os R$ 5,70 antes dos ajustes. Os negócios avançaram com os produtores aproveitando os bons momentos. No porto de Santos, por exemplo, a referência chegou a ultrapassar a testar algo entre R$ 150,00 e R$ 155,00 por saca no disponível, enquanto foi aos R$ 140,00 para a safra nova. 

"O mercado tomou este fôlego e agora vai muito da base produtiva entender se é oportunidade ou não usufruir dos atuais patamares. O mercado da soja subiu, se recuperou, em especial em função dos prêmios, que bateram recorde na tarde desta quarta-feira (3), mas também pela conta em dólar, o que melhorou muito a contabilidade do produtor que ainda tem soja para vender e aquele que ainda precisa fazer cobertura de custos para 2025", explica Matheus Pereira, diretor da Pátria.

"As exportações brasileiras já chegam a 76 milhões de toneladas no acumulado do ano, a serem embarcadas neste ano, sendo 2% maior do que no ano passado, que teve sim uma safra recorde, - mesmo tendo menos produto - e 20% acima da média dos últimos anos. Estamos com um volume de embarques mais acelerado, justificando os prêmios altos e com tendência ainda de alta. Temos a China precisando da nossa soja, margem do suinocultor muito saudável, margem do esmagamento mediana, sendo fatores favoráveis ao disponível", diz.  

E embora as referências ainda permaneçam atrativas, perderam um pouco de força nesta quinta-feira em função da baixa do dólar. Em algumas praças de comercialização, as baixas chegaram a até R$ 4,00 por saca, segundo relata o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting. Nos portos, as cotações também cederam em relação às máximas da sessão anterior, testando até R$ 5,00 a menos do que se observou na última terça-feira (2). 

A demanda pela soja brasileira segue ainda bastante forte, acima do registrado no mesmo período do ano passado, o que ajuda a justificar os prêmios fortes para o produto disponível.

(Foto Tchélo Figueiredo/Secom-MT)

soja

 

NA BOLSA DE CHICAGO

No mercado internacional, o desenvolvimento da nova safra dos Estado Unidos continua como principal driver dos mercados e um marco importante é, justamente, o feriado do Dia da Independência para uma avaliação dos campos americanos. 

"Depois do feriado americano, tradicionalmente, existe uma fase de queda se a safra está indo bem. A grande questão agora é se o mercado vai se sustentar ou não a partir desta sexta-feira vai depender da continuidade dos negócios, da pressão e da agressividade compradora de óleo de soja - que veio dando suporte nesta semana, principalmente de Índia e China que estão no mercado comprando, mas não se sabe se eles vão continuar, já que este mercado é feito de momentos - e o mercado pode perder o fator que estava dando suporte na semana", afirma o consultor. 

 

 

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