Rafael Walendorff
Globo Rural
O ministro da Agricultura, Florestas e Pesca do Japão, Taku Eto, confirmou o envio de uma missão técnica de especialistas japoneses em saúde animal para avaliar o sistema brasileiro de inspeção sanitária. Esse passo é considerado essencial para a abertura do mercado japonês à carne bovina brasileira e para a ampliação do acesso da carne suína, que atualmente é restrita ao Estado de Santa Catarina.
A informação foi compartilhada pelo Ministério da Agricultura. O ministro Carlos Fávaro se reuniu com Eto nesta terça-feira (25/3) em Tóquio. Ele não informou, porém, quando a missão irá visitar o Brasil.
Essa era uma das pautas prioritárias da missão oficial do Brasil ao país asiático nesta semana.
Carne de frango
O ministro japonês também confirmou a aprovação da regionalização do Certificado Sanitário Internacional (CSI) para influenza aviária por município.
Com a atualização do protocolo, eventuais restrições de exportação dos produtos cárneos de frango e ovos, em possível episódio da doença em aves de criação doméstica ou comercial, ficarão limitadas apenas aos municípios onde houver detecção de focos da gripe aviária e não mais o estado todo.
Em 2023, após casos de gripe aviária em aves de subsistência em Santa Catarina e no Espírito Santo, o Japão embargou as exportações de carnes de aves e ovos dos dois Estados.
Os acordos deverão ser assinados nesta quarta-feira (26/3), durante o Fórum Empresarial Brasil-Japão em Tóquio.
"Essa medida garante maior segurança e previsibilidade nas exportações de carne de frango brasileira para o Japão, beneficiando produtores e fortalecendo a relação comercial entre os dois países", declarou o ministro Fávaro, em nota divulgada à imprensa.
Pastagens degradadas
Durante o encontro, os ministros também assinaram uma carta de intenções para fortalecer a cooperação na recuperação de pastagens degradadas no Brasil, em apoio ao Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD). Em 2024, o Japão havia anunciado o aporte de US$ 300 milhões para o financiamento de produtores rurais brasileiros interessados em recuperar áreas degradadas. A intenção agora é que sejam destinados US$ 1 bilhão dos japoneses.
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