Cuiabá, 07 de Maio de 2024

TURISMO Quinta-feira, 03 de Novembro de 2016, 08:56 - A | A

03 de Novembro de 2016, 08h:56 - A | A

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Venda de pacote de viagem reage e setor prevê crescimento de 6% no ano

CVC registrou maior volume de vendas mensal em outubro em 44 anos. Setor atribui retomada a melhora da confiança do consumidor.

Marina Gazzoni



(Foto: Ellan Lustosa/Código 19/Estadão Conteúdo)

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Pessoas voltaram a comprar pacotes turísticos.

 

 

O setor de viagens brasileiro sentiu um aumento das vendas de pacotes turísticos a partir de agosto e já projeta fechar o ano com crescimento de receitas. A Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), que estimava manter neste ano o resultado do ano passado, passou a esperar uma alta de 5,5% a 6% nas vendas em 2016.

“A confiança do consumidor voltou e o movimento das agências está subindo”, afirmou o presidente da Abav, Edmar Bull. Segundo ele, a retomada começou em agosto e continuou em setembro e outubro.

Em outubro, a confiança do consumidor atingiu o maior patamar em dois anos, de acordo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

No ano passado, o cenário era outro. As agências de viagens reclamavam que o consumidor estava com medo e não fechava a compra.

Melhor mês da história

Líder no país, a agência de turismo CVC registrou em outubro o seu melhor resultado mensal em 44 anos. A empresa vendeu R$ 538 milhões, a primeira vez que ultrapassou a marca de R$ 500 milhões em um mês.

“O consumidor nunca deixou de querer viajar. O que fez diferença foi a volta da confiança”, afirma Valter Patriani, vice-presidente de vendas da CVC.

Ele admite que, para conseguir vender em meio à recessão econômica, a agência teve de fazer ajustes. O tíquete médio dos pacotes de viagens, de cerca de R$ 1300 por pessoa, ficou estável em relação ao ano passado. Ou seja, o valor não foi corrigido pela inflação, o que significa uma queda real de preços.

“O sonho de viajar existe. Mas precisa caber no bolso. Tem que fazer promoção todo dia. Ou não vende”, explica Patriani. Segundo ele, a CVC negociou com seus fornecedores ¬(os hotéis e as empresas aéreas, por exemplo) para conseguir custos menores nos pacotes de viagens.

(Foto: Bertrand Guay/AFP)

Turistas aproveitaram queda do dólar para comprar pacotes para o exterior.

A queda do dólar em relação ao real nos últimos meses também ajudou a agência de viagens. No ano, o dólar acumula uma queda de quase 20% ante a moeda brasileira. Segundo Patriani, muitos clientes aproveitaram para retomar os planos de passar férias no exterior. A maioria, no entanto, optou por pacotes nacionais.

Tradicionalmente, as vendas de pacotes de viagens para destinos nacionais representam 70% das vendas da CVC no fim de ano.

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