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POLÍTICA Sábado, 25 de Novembro de 2017, 10:22 - A | A

25 de Novembro de 2017, 10h:22 - A | A

POLÍTICA / EM DEPOIMENTO

Viúva de Adams revela à juíza que lista de propina destinada a Riva tinha nomes e valores

Da Redação



(Foto: AL-MT)

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Nesta última sexta-feira (24), Cleonice Bernadete Adams, viúva de Edemar Adams, ex-secretário-geral da Assembleia Legislativa Edemar Adams, que faleceu em 2010, revelou em  depoimento à juíza Selma Rosane Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, que o ex-deputado José Geraldo Riva - no período de 2005 a 2009 -, um dos períodos que comandou o Legislativo estadual, também chefiou uma bem montada organização criminosa para lavar dinheiro desviado da Assembleia. 

 

Na condição de testemunha, Cleonice disse que quando seu marido Edemar Adams iniciou sua carreira na AL, o esquema de desvio de recursos públicos já existia e perdurou por cerca de oito anos. E que as ações da organização criminosa acabavam sendo contadas à ela, pelo marido, quando estavam estavam em casa.

 

Cleonice contou que antes de seu marido morrer, ele lhe entregou  vários pen drives contendo planilhas que indicavam cifras entre R$ 700 mil e R$ 800 mil, vindas de pagamento de propina e desvio de dinheiro. 

 

Na lista haviam nomes dos beneficiados e os valores que cada um receberia. “Se algo ocorresse com ele [Adams] que eu entregasse [os pen drives] ao ex-deputado”, declarou.

 

Ainda de acordo com a a viúva do ex-secretário-geral da Assembleia Legislativa, nestas planilhas constavam nomes de empresas do ramo gráfico, turismo e limpeza. 

 

A viúva de Adams também assegurou em seu depoimento que toda a propina que o ex-secretário-geral da Assembleia recebia era passada diretamente a Riva.  

 

Apesar da confissão, a Justiça mantém os bens de Cleonice bloqueados. E a previsão do Judiciário é de que a sentença, em primeira instância, saia ainda este ano.

 

Além de Riva, a mulher dele, Janete Riva, e outras 12 pessoas respondem como reús no processo que investiga o desvio de pelo menos R$ 60 milhões dos cofres públicos. Os crimes foram descobertos na Operação Imperador, deflagrada em 21 de fevereiro de 2015.

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