Cuiabá, 26 de Abril de 2024

POLÍTICA Sexta-feira, 23 de Fevereiro de 2018, 17:26 - A | A

23 de Fevereiro de 2018, 17h:26 - A | A

POLÍTICA / CAOS NA SAÚDE

Secretária confessa que crise financeira impediu a compra de medicamentos

Daffiny Delgado



Única News

sec saúde

 

A constante reclamação da população cuiabana na última semana, devido à falta de medicamentos nas unidades municipais de saúde, foi explicada pela secretaria da pasta Elizeth Araujo, esta sexta-feira (23).

 

De acordo com Araújo - em coletiva à imprensa realizada, na sede da Secretaria Municipal de Saúde -, a demora no planejamento do pregão e a crise financeira vivida no Brasil, são as maiores culpadas pelo desabastecimento, em Cuiabá.

 

Ainda conforme a secretária, esta semana a pasta lançou o pregão no valor de R$130 mi, para atender a demanda desde ano e do ano que vem. A demora foi justificada como forma de atender todas aa necessidades da saúde de Cuiabá.

 

"Nós sentamos com os médicos do município e eles apontaram as maiores necessidades e pode ser descartado. Preferimos fazer um planejamento que demore quatro meses, mas que atenda todas as necessidades em dois anos, do que fazer um em 30 dias, para atender alguns meses", explicou Elizeth.

 

Ela ressaltou ainda que o pregão deve ser concluído em meados de julho, e que o diferencial vai ser que empresas de todo Brasil vão poder participar.

 

“A ideia é conseguirmos o maior número de medicamentos, com um menor preço e a segurança de que quem entrou no pregão vai entregar os produtos", disse.

 

Nos últimos dias as reclamações da população e de servidores da saúde, vem chamando a atenção pela desumanização no atendimento dos doentes na capital.

 

Conforme denúncia, algumas Unidades de Pronto Atendimentos (UPAs), Policlínicas e PSFs deixaram de receber novos pacientes pela falta de medicamentos.

 

Entre as reclamaçõe, o caso que mais chamou a atenção, foi o da mulher baleada na UPA da Morada do Ouro, durante o feriado de Carnaval, quando criminosos invadiram a unidade na tentativa de resgatar um detento, que estava no local em busca de atendimento médico. Na ocasião, cinco pessoas entre elas um bebê de seis meses, foram baleados.

 

Dayana da Silva Romão, atingida no tórax, na invasão está internada no Pronto Socorro da Capital. A mãe dela, Zilene Piedade da Silva, 52 anos, denunciou a falta de soro e outros medicamentos na unidade. O que mais chocou nesse caso, foi que a zilene disse que a filha chegou a ficar dois dias gritando de dor por falta de remédios.

 

“Eles a desceram da UTI e Dayana gritava de dor, não tinha nem soro. Como é que se explica alguém com o ferimento que a minha filha teve não receber nenhum remédio?”, questionou Zilene. Apesar das informações, a secretaria apura o caso.

 

De acordo com a secretária, um pregão emergencial no valor de R$30 milhões está sendo concluído nos próximos dias. A intenção é que o problema do desabastecimento de remédios seja resolvido em no máximo 15 dias.

 

 

“Pedimos a compreensão da população, nenhuma unidade de saúde vai suspender ou limitar os atendimentos por falta de material. Estamos fazendo uma compra emergencial, mas ela não pode ser feita de qualquer jeito, então já alinhas o que é necessário e em 15 dias o problema deve ser resolvido”, afirmou.

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