Cuiabá, 26 de Abril de 2024

POLÍTICA Quinta-feira, 07 de Junho de 2018, 10:55 - A | A

07 de Junho de 2018, 10h:55 - A | A

POLÍTICA / ELO EM ESQUEMA

Outro primo de Taques, preso na Bônus, entra com pedido de liberdade

Luana Valentim



(Foto: Montagem/Web)

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O advogado Pedro Jorge Zamar Taques, sócio e irmão do ex-secretário da Casa Civil Paulo Taques (ambos primos do governador), entrou com pedido de liberdade junto ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ), nesta última quarta-feira (06).

 

Ele foi preso no dia nove de maio,  suspeito de participar do esquema de fraudes do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT), em que teria desviado R$ 30 milhões em dinheiro público. O advogado Jorge Zamar Taques é apontado como o elo para os crimes.

 

Na Bônus, também foram presos o deputado estadual Mauro Savi (DEM), os empresários Roque Anildo Reinheimer, Claudemir Pereira dos Santos, vulgo “Grilo” e José Kobori.

 

O alvo das investigações é uma organização criminosa instalada dentro do Detran para desvio envolvendo contratos milionários firmados entre a autarquia e empresas de fachada. 

 

As investigações identificaram para o pagamento de propina a diversas pessoas com base no valor arrecadado pela empresa EIG Mercados (antiga FDL Serviços de Registro, Cadastro, Informatização e Certificação), responsável pelo registro de contratos de financiamentos de veículos junto ao Detran. 

 

Parte do lucro da empresa era repassado aos investigados por meio de uma empresa de fachada, a Santos Treinamento e Capacitação de Pessoal Ltda, cujos sócios eram beneficiários do esquema ou “laranjas”. O bloqueio foi pedido pelos promotores do Núcleo de Ações de Competências Originárias (Naco) e do Gaeco. O valor foi calculado com base nas provas já obtidas com a quebra de sigilo bancário de investigados.

 

O esquema 

 

O esquema foi denunciado pelo irmão do ex-governador de Mato Grosso Silval Barbosa (PMDB), Antônio Barbosa, em delação já homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). 

 

No depoimento, ele ainda revelou que o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), o deputado estadual, Eduardo Botelho (DEM), teria se beneficiado com valores autos com um esquema no Detran. 

 

Ainda conforme seu depoimento, as fraudes foram no serviço de registro de contratos de financiamento de veículos, por meio de uma empresa ligada a ele. 

 

Segundo e o Ministério Público Estadual (MPE), o esquema funcionava com a influência de políticos, entre eles Eduardo Botelho e do também deputado estadual Mauro Savi (PSB), já há 29 dias preso no Centro de Custódia de Cuiabá e à espera da aprovação do desembargador José Zuquim, nesta quinta-feira (07), de um possível alvará de soltura, após a aprovação na Assembleia Legislativa, por 13 votos, pela sua saída da cadeia.

 

Já o presidente da Casa de Leis teve também seu nome citado por outros investigados, entre eles pelo empresário Roque Anildo Reinheimer, sócio proprietário da Santos Capacitação de Pessoal e Treinamento, que é uma das empresas usadas para o desvio de dinheiro do Detran. 

 

Em depoimento prestado em fevereiro deste ano ao Gaeco, ele disse que o presidente da Assembleia Legislativa se tornou sócio da empresa com o interesse exclusivo de receber vantagem indevida. 

 

Segundo o empresário, o parlamentar disse que tinha se integrado ao quadro societário da empresa para receber uma dívida e que, após recebê-la, começou a ser cobrado para o pagamento de outras vantagens. Ele disse ainda que o deputado afirmou que pretendia sair do quadro de sócios da empresa, o que aconteceu dias depois. 

 

Também foram citados os parlamentares Ondanir Bortolini Nininho (PSD), Baiano Filho (PSDB), Romoaldo Júnior (MDB), Wilson Santos (PSDB) e José Domingos (PSD). Segundo o MPE, a organização era composta por três núcleos Autônomos, Liderança, Operações e Subalterno. 

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