Euziany Teodoro
Única News
A senadora por Mato Grosso, Selma Arruda, enfrenta esta semana um novo episódio sobre a cassação de seu mandato. Em parecer da Procuradoria Geral da República, a dirigente do órgão, Raquel Dodge, pede que a cassação seja mantida e que novas eleições sejam feitas imediatamente.
Em suas redes sociais, Selma fez uma postagem questionando a “velocidade” com que Dodge decidiu por manter sua cassação, em comparação a processo contra Renan Calheiros, em que Dodge levou quatro anos para emitir parecer.
“Enquanto o inquérito contra Renan Calheiros levou 4 anos para ser arquivado, Dodge levou menos de um ano para pedir a cassação da Senadora Selma Arruda, que assinou a CPI da Lava Toga”, diz o post. A publicação dá a entender que a decisão de Dodge seria uma retaliação à CPI, assinada por Selma, que investigará atos da Justiça Superior.
Em outras postagens, a senadora agradece o apoio de agentes políticos, como do senador Jorge Kajuru (Patriota-GO), que chegou a chamar a procuradora-geral de “goiana canalha” devido ao que intitulou de “parecer relâmpago” contra Selma.
Em outra publicação, Selma agradece o apoio do também senador Lasier Martins, compartilhando uma imagem divulgada por ele (veja foto abaixo).
Em nota enviada à imprensa nesta quarta-feira (11), Selma Arruda afirma que o parecer de Raquel Dodge foi encomendado. “Para a senadora, há sério indicativo de que o parecer já se encontrava pronto, por encomenda, ou que a Procuradora Geral da República, Raquel Dodge, não tivesse mais nada a fazer, únicas hipóteses que justificariam tal concomitância.”
Selma Arruda foi cassada pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE), por unanimidade, no dia 10 de abril, por suposta prática de Caixa 2 e abuso de poder econômico, na campanha eleitoral de 2018. Ela já entrou com vários recursos, inclusive na instancia superior, o Tribunal Superior Eleitoral.
A decisão definitiva deve ser dada nas próximas semanas e, em caso de mantida a cassação, novas eleições para uma vaga no Senado serão realizadas.
Veja a nota da senadora na íntegra
A senadora Juíza Selma esclarece que a manifestação da Procuradoria Geral da República não se trata de um pedido de afastamento imediato do mandato. A PGR tão somente manifestou-se nos mesmos termos do que foi decido pelo TRE-MT, no sentido de que o acórdão, se mantido, deve ser executado após o julgamento no TSE, independentemente da interposição de outros recursos. A parlamentar também manifesta estranheza pelo fato de os autos terem ido ao Ministério Público Federal na data de hoje, 10/09, e o parecer, com 75 laudas, ter sido assinado pela PGR nesta mesma data, ou seja, 10/09. Para a senadora, “há sério indicativo de que o parecer já se encontrava pronto, por encomenda, ou que a Procuradora Geral da República, Raquel Dodge, não tivesse mais nada a fazer, únicas hipóteses que justificariam tal concomitância”.
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