Cuiabá, 13 de Maio de 2024

POLÍTICA Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2019, 19:10 - A | A

25 de Fevereiro de 2019, 19h:10 - A | A

POLÍTICA / SELMA ARRUDA E SUPLENTES

MP Eleitoral pede cassação de senadora e novas eleições para o cargo

Da Redação



O Ministério Público Eleitoral entrou com um requerimento pedindo ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), a cassação da senadora Selma Arruda (PSL) e de seus suplentes. A juíza aposentada foi eleita pela Coligação "Segue em Frente Mato Grosso".

No documento, o MP Eleitoral pede ainda a aplicação de sanção de inelegibilidade e como consequência, uma nova eleição para o Senado de Mato Grosso.

Selma está sendo investigada por suposto caixa 2 durante a campanha eleitoral em 2018. Uma ação de investigação eleitoral aponta ainda abuso de poder econômico e político e, o uso indevido dos meios de comunicação social.

De acordo com a PRE, restou apurado no processo que integrantes da chapa da então candidata Selma Arruda, que o valor do caixa 2 é de R$ 1.246.256,36, quitadas com recursos clandestinos, que não transitaram regularmente pela conta bancária oficial.

Com a cassação, o órgão solicitou novas eleições para o cargo pois, se colocasse o terceiro colocado nas eleições - que foi o Carlos Fávaro (PSD) -, "atropelaria" a vontade popular e violaria o regime democrático amparado pela Constituição Federal.

A assessoria de imprensa da senadora afirmou que não há novidades e que não se manifestará sobre o assunto.

Caixa 2 da senadora

Selma teria recebido com antecipação da Justiça, auxílio moradia, auxílio alimentação, 1º período de férias, resultando em R$ 30.999,64 mil a mais do que tinha direito a receber.

Entre o dia 05 de abril - quando Selma filia-se ao PSL - e o pedido de que a juíza faz à Justiça sobre as parcelas, neste ínterim ela repassa ao publicitário, Junior Brasa – dono da Genius Publicidade – no dia 10 de abril, um cheque no valor de R$ 150 mil reais. O montante possivelmente, sob o olhar jurídico, teria incluso os R$ 30 mil, que deveriam ser devolvidos, ao primeiro cheque de R$ 150 repassado a Junior Brasa, configurando uso de dinheiro público e, consequentemente, caixa 2.

No dia 04 e 21 de maio, mais dois cheques no valor de R$ 150 mil [cada um] foram também emitidos por Selma para a Genius.

Para piorar a situação da ex-magistrada – sob ainda o olhar jurídico - ao registrar a chapa, Selma declarou junto ao Tribunal Regional Eleitoral no dia 14 de agosto, o total de R$ 287 mil em bens.

Além destes fatos, Selma ainda teria recebido o total de R$ 1,5 do seu 1º suplente, Gilberto Possamai, no dia em que se filiou ao PSL. Em sequência, a esposa do agricultor teria doado R$ 1,09 milhão a mais. Depois a magistrada teria recebido mais dois valores de R$ 310 mil e R$ 50 mil da família de seu suplente.

Lembrando ainda que os R$ 150 mil que Possamai [de conhecimento público] deu a Selma por meio de um cheque. Ao todo, teriam sido doados R$ 3,1 milhões a social liberal. Ela alega que o R$ 1,5 milhão foi um empréstimo que fez de seu suplente.

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