Cuiabá, 25 de Abril de 2024

POLÍTICA Sábado, 24 de Fevereiro de 2018, 15:30 - A | A

24 de Fevereiro de 2018, 15h:30 - A | A

POLÍTICA / SUPOSTA PROPINA

Ministro do STF quebra sigilo bancário da empresa de secretário de MT

Da Redação



Humberto/SCO/STF

Luiz Fux

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, determinou a quebra do sigilo bancário da empresa Três Irmãos, que pertence ao secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Carlos Avalone (PSDB).

 

A decisão atende ao pedido da Procuradoria Geral da República (PGR), que investiga a empresa de ter repassado recursos ao ex-governador Silval Barbosa para obter contratos de obras com o governo.

 

“Defiro o pedido de afastamento do sigilo bancário da empresa Três Irmãos Engenharia Ltda", diz trecho da decisão proferida na última quinta-feira (22). 

 

De acordo com relatório da PF, nos documentos apreendidos na casa de Avalone e na sede da empresa, alguns repasses podem estar ligados as devolução de recursos de obras públicas tocadas pela Três Irmãos Engenharia para que Silval pudesse pagar propina a diversos agentes públicos.

 

“Assim, frente aos lançamentos de transferências online via TED registrados em documento contábil da empresa Três Irmãos Engenharia, que perfazem o montante de R$ 3.087.322,02 milhões com histórico que remete ao recebimento de receita do gabinete do governador sendo estas transações datadas de 22 de dezembro de 2014 - poucos dias antes da saída de Silval Barbosa do Governo do Estado e considerando-se que o próprio Silval Barbosa informou, em Termos de Declarações prestados perante o Ministério Público Federal, que teria se utilizado de cheques emitidos pela empresa Três Irmãos Engenharia para realizar repasses de propina, suspeita-se que tais lançamentos de receita do gabinete do governador possam estar relacionados com esses eventos ora mencionados”, diz trecho do relatório. 

 

A PF ainda alega que encontrou constatações de divergências entre operações financeiras e documentos utilizados para justificá-las. Em sua delação, Silval afirma que Avalone e seus irmãos, que são sócios na empresa Três Irmãos, pagaram propina com um cheque sem fundo.

 

A propina seria proveniente de contratos do programa “MT Integrado”, que assegurava investimentos de aproximadamente R$ 1,5 bilhão para pavimentação. Avalone teria entregado cerca de R$ 2 milhões em cheques ao ex-governador Silval Barbosa (PMDB), a título de propina do “retorno” dos contratos das obras.

 

Alguns desses cheques (R$ 800 mil), no entanto, teriam retornado por falta de fundos e acabaram não sendo posteriormente quitados. "Determino à DPF/MT que mantenha em seu poder a documentação da empresa Três Irmãos Engenharia no que condiz ao período compreendido entre 01 de agosto de 2014 e 30 de junho de 2015, na forma proposta pelo relatório de análise 005/2017; e autorizo, pelo prazo de 90 dias, à PF/MT que proceda à realização de análises complementares nos telefones celulares mencionados nos laudos" diz outro trecho da decisão. 

 

O secretário Carlos Avalone nega as acusações desde que vieram à tona. A reportagem não conseguiu contato para que ele comentasse o relatório da PF. (Diário de Cuiabá)

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