Cuiabá, 26 de Abril de 2024

POLÍTICA Sexta-feira, 15 de Setembro de 2017, 14:51 - A | A

15 de Setembro de 2017, 14h:51 - A | A

POLÍTICA / OPERAÇÃO DA PF

Mesmo com deputados ligados a Malebolge, Botelho garante quórum nas sessões da AL

Por Lara Belizário/ Única News



(Foto: AL-MT)

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Após Operação da Polícia Federal (PF) cumprir mandado de busca e apreensão em oito gabinetes na Assembleia Legislativa, o presidente da Casa de Leis, o deputado estadual Eduardo Botelho (PSB), garantiu durante entrevista a uma rádio na Capital, na manhã desta sexta-feira (15), que as atividades e sessões retornam, com normalidade, na próxima semana.

 

Toda a falta de movimentação e quórum no Legislativo ocorreu após as imagens com deputados recebendo suposta propina do ex-governador peemedebista Silval Barbosa, serem exibidas com exclusividade pelo Jornal Nacional, nos últimos dias 24 e 28, de agosto.

 

Os vídeos foram entregues como prova das suspeitas de corrupção e pagamentos de propinas declaradas por Silval. O material faz parte dos autos da delação premiada do ex-governador Silval Barbosa, homologada no dia 9 de agosto, pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF). Os depoimentos do ex-gestor peemedebista ainda apontam mais deputados envolvidos em esquemas de corrupção.

 

Diante da exposição em nível nacional, os parlamentares fugiram da mídia e deixaram as sessões, na Casa de Leis, vazias. No entanto, o presidente do Legislativo, após retornar de uma licença de saúde, no último dia 05, convocou todos os parlamentares a 'abandonarem a depressão' e comparecerem as sessões.

 

Por isso, no início desta semana, as sessões contaram com um grande número de deputados presentes. Porém, a AL voltou a se esvaziar com o cumprimento de mandado e apreensão em oito gabinetes, na última quinta-feira (14).

 

Diante disso, o deputado garantiu que não haverá um novo período de depressão dos parlamentares. E, também, afirmou que está em contato com cada um dos deputados afim de estimular a continuidade das sessões no Legislativo.

 

"Eu estou ligando para todos os deputados, visitando eles, chamando eles para trabalhar, dando trabalho e obrigações. 'Disse, eu quero que você faça isso para mim, quero que você estude aquilo'. E, assim, cada um está ficando com uma tarefa. Nós temos que continuar, a vida continua", declarou.

 

O parlamentar ainda explicou que em virtude do mandado não era possível realizar as sessões agendadas para ontem, já que toda AL ficou cheia de policiais, o que afetou a atividades da Casa de Leis. No entanto, garantiu retornou no início da próxima semana.

 

"Como nós íamos fazer a sessão com os gabinetes sendo invadidos, com carros na porta da Assembleia. Não tinha clima, tem que entender isso. No entanto, na terça-feira (19), nós já comunicamos e estaremos lá nas sessões. E, na segunda -feira (18), começamos a nos reunir para as escolhas das comissões. Enfim, semana que vem conto com todos os deputados no Legislativo", garantiu.

 

"Durante a ação alguns deputados ficaram com vergonha. Eu disse ontem 'é melhor que fiquem com vergonha'. Mas não podemos, mais uma vez, deixar de trabalhar. Eu espero que semana que vem eles continuem vindo, precisamos deles na AL", esclareceu o deputado.

 

 

Mandado

 

Durante a entrevista, o deputado também contou que o cumprimento dos mandados, na quinta-feira, foi realizado com tranquilidade. E, ainda negou que tenha acontecido qualquer impedimento ao trabalho da Polícia Federal.

 

"Não houve nada disso - truculência e destruição de patrimônio-, houve uma busca sensata, uma busca dirigida, pegando documentos e levando. Fizeram o que era de praxe, nenhuma truculência, nada fora do normal", contou o presidente da AL.

 

Sobre a ação, o parlamentar garantiu que após quebra de sigilo da delação de Silval e divulgação das imagens dos deputados em rede nacional era de se esperar uma ação para coletar possíveis provas.

 

"Não posso dizer que foi natural, causou dissabor e constrangimento. No entanto, todo mundo estava esperando. Não adianta achar que depois de tudo isso - delação - não haveria nenhuma operação. Eu acho que quem pensou isso, pensou errado. Isso já era aguardado, os deputados sabiam que ia ter operação que a PF e o MP precisavam dar uma resposta para sociedade", declarou.

 

(Com informações da Rádio Capital FM 101.9)

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