Cuiabá, 26 de Abril de 2024

POLÍTICA Terça-feira, 19 de Março de 2019, 17:26 - A | A

19 de Março de 2019, 17h:26 - A | A

POLÍTICA /  "NÃO TENHO VARINHA MÁGICA"

Mauro Mendes lava as mãos sobre caos na Santa Casa

Fernanda Nazário
Única News



Mesmo devendo oito meses de repasses à Santa Casa, o governador Mauro Mendes (DEM) lavou as mãos sobre o caos em que a instituição vive e disse, em entrevista nesta terça-feira (19), que, como chefe do Executivo, tem que “olhar para todos e não apenas para um município”.

Mendes afirma estar sensível ao diálogo sobre qualquer tema que aflija o mato-grossense, mas esclarece que todos têm suas responsabilidades, e Cuiabá é saúde plena. “Quando fui prefeito, consegui administrar o problema da Santa Casa. Nunca deixei a casa fechar. Eu desejo ao prefeito que faça o mesmo”, disse.

O governador justifica os atrasos nos repasses alegando que, quando assumiu a gestão, em janeiro deste ano, já haviam seis meses de atraso de repasses ao município. Para ele, a crise financeira na saúde pública não será resolvida com varinha mágica. “Em janeiro fizemos intervenção no hospital de Rondonópolis e Sinop. Pegamos a saúde um caos, com mais de R$ 400 milhões de dívidas com fornecedores, consórcio e prefeituras, mas já estamos trabalhando para enfrentar esses problemas”, informa.

Ele diz que não tem todo o dinheiro necessário para colocar os repasses em dia, mas garante que já começou um programa de regularização para colocar “ordem na casa”.

Paralisação

A paralisação na unidade hospitalar completa oito dias nesta terça. Cerca de 690 pacientes ficaram sem tratamento oncológico, radioterapia e quimioterapia. Como medida paliativa à situação, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) determinou que os pacientes oncológicos da Santa Casa fossem acolhidos pelo Hospital Geral e o Hospital do Câncer.

Para o prefeito, o imbróglio da Santa Casa também é responsabilidade do Estado. Ele disse, em entrevista coletiva na última semana, que 30% dos pacientes atendidos em Cuiabá são, de fato, da capital, e que 70% são do interior. “Quem está segurando a onda da saúde pública é a Prefeitura e olha que é ataque o dia todo. Eu, às vezes, deixo de investir na atenção básica, porque não sobra dinheiro e tenho que adiantar para a Santa Casa”.

Na coletiva, Pinheiro também falou sobre o Estado dever R$ 140 milhões ao município. “O estado tem que fazer a parte dele, dividir as responsabilidades. Nem por isso vou fechar as portas, até por uma questão humanitária”.

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