Cuiabá, 26 de Abril de 2024

POLÍTICA Sexta-feira, 14 de Dezembro de 2018, 16:25 - A | A

14 de Dezembro de 2018, 16h:25 - A | A

POLÍTICA / GRAMPOLÂNDIA PANTANEIRA

Juiz manda retirar tornozeleira de coronéis e soltar Gerson

Da Redação



(Foto: Reprodução)

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O juiz Marcos Faleiros e o Conselho de Sentença da 11ª Vara Militar determinou, nesta sexta-feira (14), a soltura do pivô, cabo Gerson Luiz Correa Junior na investigação das escutas telefônicas, que ficou conhecida como a Grampolândia Pantaneira e ainda a retirada da tornozeleira eletrônica dos envolvidos no esquema.

 

Sendo assim, os coronéis Ronelson Barros e Evandro Lesco podem voltar ao trabalho em seus respectivos batalhões, além de Zaqueu Barbosa (já coronel da reserva). Todos também estão livres do uso de tornozeleira eletrônica e de serem obrigados a se recolher às suas residências no período noturno e finais de semana.

 

Gerson era obrigado a dormir no batalhão da Rotam e agora, poderá livremente pernoitar na sua casa. Da última vez, ele foi preso no dia 19 de outubro em uma casa noturna da capital, por ter descumprido as medidas impostas pelo Poder Judiciário.

 

Para os investigados, Faleiros determinou apenas duas cautelares, sendo a proibição de se ausentar da área de sua comarca sem a devida autorização judicial e comparecer a todos os atos do processo aos quais forem convocados.

 

MPE foi contrário

 

O Ministério Público se manifestou em parecer para a Vara Militar manter as cautelares para os acusados e liberar somente o cabo Gerson para as festas de Natal e Reveillon em casa, no entanto, deveria permanecer preso os demais dia de dezembro.

 

Entenda o caso

 

O escândalo dos grampos veio à tona em 11 de maio de 2017, quando o caso ganhou notoriedade ao ser veiculado pelo Fantástico, programa da Rede Globo. Ao divulgar uma entrevista com o promotor do Ministério Público e ex-secretário de Segurança Pública, Mauro Zaque, na qual declarou que o governador Pedro Taques (PSDB), desde 2015 sabia do esquema de interceptações ilegais criado supostamente para espionar adversários.

 

À época, Zaque disse que o esquema foi promovido para obter informações privilegiadas de políticos, jornalistas, servidores e médicos. As ligações teriam sido interceptadas por meio de “barriga de aluguel”, utilizado pela Polícia Militar para monitorar os adversários de Taques. Ou seja, quando telefones de pessoas não relacionadas a uma investigação são inseridos em pedido judicial de quebra de sigilo. A rede de escuta não oficial seria controlada por coronéis da Polícia Militar.

 

A existência de uma rede de escutas telefônicas clandestinas, denunciada à Procuradoria Geral da República por Zaque envolveria – à princípio -, uma lista de pelo menos 120 pessoas, entre políticos, juízes, jornalista e empresários. O esquema de monitoramento teria sido idealizado pelo primeiro escalão do Palácio Paiaguás.

 

Na denúncia, Zaque e Galindo informam que os grampos funcionavam no modelo “barriga de aluguel”, ou seja, quando telefones de pessoas não relacionadas a uma investigação são inseridos em pedido judicial de quebra de sigilo. A rede de escuta não oficial seria controlada por coronéis da Polícia Militar. E o escândalo dos grampos resultou no afastamento, na época, do secretário da Casa Civil, Paulo Taques.

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