Cuiabá, 26 de Abril de 2024

POLÍTICA Quinta-feira, 06 de Setembro de 2018, 15:13 - A | A

06 de Setembro de 2018, 15h:13 - A | A

POLÍTICA / 'GRAVOU PROPINA A DEPUTADOS'

Juiz libera delator para trabalhar com família de Silval Barbosa

Da Redação



 

Reprodução

silvio correa

 

O ex-chefe de gabinete do governo Silval Barbosa, Sílvio Corrêa – responsável por grande parte das gravações de deputados recebendo propina em sua sala, o que ficou conhecido como mensalinho -, foi liberado pelo juiz Jorge Luiz Tadeu Rodrigues, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, para trabalhar com a família Barbosa.

 

Ainda que na decisão não conste o endereço onde Corrêa vai trabalhar, sabe-se, no entanto, que será em Várzea Grande e com alguns membros da família do ex-gestor estadual. 

 

Sílvio Corrêa junto com diversos ex-secretários de Estado e ainda com a companhia do próprio Silval ficaram presos por quase dois anos, após a deflagração da operação Sodoma que desarticulou um bem montado esquema de corrupção e lavagem de dinheiro que desvios arquimilionários dos cofres públicos. 

 

Na Sodoma além de prisões preventivas, buscas domiciliares ainda houve a quebra de sigilos telefônicos e bancários de inúmeros políticos e empresários. E por conta da operação o Ministério Público e a Justiça de Mato Grosso criaram um laboratório de análise para o detalhamento da lavagem de dinheiro e um comitê de recuperação de ativos que resultaram na maior operação de combate à corrupção do Estado.

 

Neste período, ainda foram realizadas 13 fases da Ararath, paralelamente às cinco fases da Sodoma. Obrigando Silval Barbosa e boa parte de seu staff a realizar uma delação premiada chamada de monstruosa pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux. Em junho de 2017, por conta da colaboração com a Justiça, Barbosa ganhou a liberdade, ainda que sob a tutela de medidas cautelares severas.

 

A decisão que concedeu liberdade a Corrêa foi publicada no Diário de Justiça Eletrônico (DJE) nesta quinta-feira (06). Mas continuam as medidas cautelares impostas a ele STF, com sua delação como “recolhimento domiciliar durante e aos finais de semana no período compreendido entre 22 h a 6h; b) Monitoramento Eletrônico que deve perdurar por todo o período de cumprimento de pena no regime semiaberto diferenciado, a saber: 03 anos, 06 meses; c) Abstenção de ocupar cargos públicos durante toda a vigência do acordo”.

 

Na mesma decisão, o juiz Jorge Luiz Tadeu autoriza que o ex-governador Silval Barbosa a sair de casa para fazer consultas e exames médicos. Obviamente, desde que os deslocamentos sejam previamente “comunicados ao Setor de Monitoramento Eletrônico”.

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