Cuiabá, 26 de Abril de 2024

POLÍTICA Quarta-feira, 08 de Agosto de 2018, 11:15 - A | A

08 de Agosto de 2018, 11h:15 - A | A

POLÍTICA / ESQUEMA DOS GRAMPOS

Janaina diz que depoimento de cabo confirma que não foi grampeada por engano

Luana Valentim



Foto: (Reprodução/Web)

Janaina

 

A deputada estadual, Janaina Riva (MDB), candidata à reeleição, afirmou em entrevista à Rádio Capital FM, nesta quarta-feira (8), que não houve engano ao ser colocada nos grampos ilegais, sendo que o cabo da Policia Militar, Gerson Ferreira Corrêa Junior, em seu depoimento à Justiça no último dia 28 de julho, revelou que o telefone da parlamentar foi grampeado por duas vezes em 2014 e 2015.

 

O cabo Gerson, que é réu em processo criminal, confessou durante seu depoimento, que participou do esquema de escutas clandestinas e revelou todos os detalhes de como funcionava e como foi montada a “grampolândia pantaneira”. 

 

Ele ainda envolveu o próprio governador Pedro Taques (PSDB), dizendo que as escutas foram montadas em 2014, período eleitoral. Na época, Paulo Taques era coordenador da campanha do primo Pedro Taques e, assim, obviamente, ainda de acordo com Gerson, a implantação da rede de escutas clandestinas era de conhecimento de ambos.  

 

Segundo o militar, em 2015 foi colocada novamente as escutas no telefone da deputada, mas dessa vez, a pedido da juíza aposentada Selma Arruda, que investigava uma suposta ameaça feita pelo ex-deputado, José Riva (sem partido), a ela.

 

“Grampearam meus telefones, como se houvesse uma justificativa plausível para isso. Então vem me falar em ledo engano. Acho que errar uma vez tudo bem, agora duas? Grampear uma pessoa não é tão fácil quanto se mandar uma mensagem de texto ”, pontuou.

 

Ela lembrou que apresentou no ano passado um requerimento para investigar os 22 anos de Riva na Assembleia Legislativa, porém, a base dele não assinou o pedido para instaurar a CPI.

 

“Que tipo de governador é ele, que tipo de líder que ele é que não consegue fazer com que sua base assine uma CPI? Ele quer que eu recolha essas assinaturas? Acha que sou funcionária dele? Então eu acho que ele tinha que ir atrás dos deputados dele para que façam essa CPI e vão contar com todo o meu respaldo e apoio”, questionou.

 

Janaina destacou que se realmente o governador deseja ser investigado, alegando que não deve nada, ela sugere que seja criada uma CPI para investigar os últimos dois anos em que seu primo Paulo Taques ficou à frente da Casa Civil, já que ele repetidamente declara ser um homem que não deve nada a ninguém. Além de investigar o esquema de corrupção que houve no Detran.

 

Paulo Taques foi preso no dia 9 de maio, na operação Bônus, na 2ª fase da operação Bereré, por desvios e lavagem de dinheiro, por meio de licitações fraudulentas, que chegaram no valor de R$ 30 milhões, em contratos firmados entre o Departamento Estadual de Trânsito e a EIG Mercados.

 

“Ele não é um homem limpo, puro e honesto? Então eu acho que ele poderia dar essa contribuição, porque o primo dele, diferente de mim que sou filha do ex-deputado José Riva, Paulo Taques foi chefe da Casa Civil, eu nunca fui secretaria geral da AL, eu nunca fui presidente ou secretária junto com o meu pai, nem mesmo ordenadora de despesa”, destacou.

 

Ela pontuou que nunca começou nada para não terminar, porém analisa que a base de Taques não tem essa mesma disposição.

FAÇA PARTE DE NOSSO GRUPO NO WHATSAPP E RECEBA DIARIAMENTE NOSSAS NOTÍCIAS!

GRUPO 1  -  GRUPO 2  -  GRUPO 3

Comente esta notícia