Claryssa Amorim
(Foto: PRF-MT)
Após a desmobilização das forças de segurança, na manhã desta quarta-feira (30), postos de combustíveis em todo o Estado estão sendo abastecidos, mas ainda com filas gerando alguns transtornos. Os caminhoneiros liberaram as rodovias, após 10 dias de manifestação contra o reajuste abusivo do combustível anunciado pela Petrobras.
A desmobilização foi iniciada nesta última terça-feira (29), com a ajuda das equipes de policias da Rotam, Polícia Rodoviária Federal e Exército, que se deslocaram até o Distrito Industrial (entrada de Cuiabá) para liberarem a passagem dos caminhões com combustível, responsáveis pelo reabastecimento dos postos da cidade.
(Foto: WhastApp)
Mas a força-tarefa – que resultou na desmobilização da greve -, foi deflagrada, enquanto ação, nas primeiras horas desta quarta, após conflito entre os caminhoneiros e forças policiais no final da tarde de ontem, na BR-364.
Algumas lideranças do movimento chegaram a reclamar da truculência por parte das forças policiais, que usaram bombas de efeito moral e balas de borracha contra alguns manifestantes, para desfazer o bloqueio que impedia a entrada de caminhões em Cuiabá.
Já hoje, na Capital, os postos começaram a ser abastecidos, claro, ainda com os cuiabanos enfrentando dificuldades para abastecer seus veículos, com as filas a mais de 1 km do local. Também os supermercados voltaram a normalização.
Além de Cuiabá, pontos obstruídos em Primavera do Leste, Tangará da Serra, Sinop, Sorriso, Rondonópolis, entre outros municípios já vivenciam o desmantelamento da paralisação.
Em Tangará da Serra (a 242 km de Cuiabá), postos de combustíveis foram abastecidos com 15 mil litros. Já no abastecimento de gás de cozinha e água, não há nenhuma distribuidora com os produtos no momento.
Em Sorriso e Sinop (a 420 km e 503 km de Cuiabá), os postos com mais de 17 mil litros estão sendo abastecidos; mas as aulas nos municípios foram suspensas e devem retornar somente na próxima segunda-feira (4).
Em Sinop, na tarde desta quarta-feira, um helicóptero com medicamentos deve chegar no município. Anteriormente, os medicamentos estavam em um caminhão vindo de Goiás, porém, com as manifestações, a carga não conseguiu seguir viagem.
Já em Rondonópolis, mesmo sendo o município que foi abastecido primeiro, ainda há postos sem combustível, além de gás de cozinha. Cirurgias seletivas foram suspensas por falta de medicamentos e insumos necessários e ainda as aulas suspensas.
Desmobilização
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que na manhã desta quarta-feira, dos 30 pontos de manifestação, boa parte já está desmobilizada. Na BR-364, os dois pontos localizados entre o posto Aldo Locatelli, km 398, e o Distrito Industrial, em Cuiabá, os manifestantes começam a deixar o local e a tendas que abrigaram os caminhoneiros durante este período foram desmontadas.
E os veículos já começaram a deixar às margens da rodovia e o trânsito segue livre para todos os veículos no local.
Na BR-070, km 504, em Cuiabá, a rodovia foi liberada e os veículos que estavam proibidos de transitar, puderam seguir viagem normalmente. A estrutura montada pelos manifestantes foi retirada e o fluxo segue normalmente pelo trecho.
Segundo o superintendente da PRF em Mato Grosso, Aristóteles Cadidé, os policiais cumprem determinação da Sesp e os caminhoneiros foram "obrigados" a encerrar as manifestações e desmobilizar os bloqueios. Em Rondonópolis, alguns pontos foram desobstruídos e muitos caminhoneiros seguiram viagem.
A ação foi coordenada pelo Centro de Comando e Controle da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Militar (com negociadores, tropa de choque e policiamento na área), Exército Brasileiro e equipe de resgate e combate a incêndio do Corpo de Bombeiros.
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