Cuiabá, 26 de Abril de 2024

POLÍTICA Quarta-feira, 14 de Junho de 2017, 15:12 - A | A

14 de Junho de 2017, 15h:12 - A | A

POLÍTICA / MAIS PROPINA

Ex-governador e Riva negociavam empresas em esquema

Da redação



(Foto: Reprodução)

Silval e Riva

 

 

Durante a confissão à juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Arruda, o ex-governador Silval Barbosa (PMDB), afirmou que o ex-presidente de Assembleia Legislativa, José Riva, teria o procurado entre o final de 2013 e início de 2014, para propor troca de empresas que pagavam propina.

 

Em depoimento o ex-gestor confessou ter concordado em trocar a empresa Consignum, que pagava propina mensal de R$ 500 mil, pela Zethra Gestão de Benefícios Consignados, que estava disposta a pagar propina no valor de R$ 1 milhão.

 

Após o acordo, Silval deu início ao processo licitatório, que favoreceria a Zethra. Porém, diante da ameaça, a Consignum conseguiu suspender o certame, através de medida judicial. A empresa ainda pagou R$ 250 milhões de propina para José Riva ser interlocutor da renovação de contrato.

 

De acordo com Selma, Silval afirma que após diversas tentativas de contato com o ex-gestor, o empresário da Consignum, Willians Mischur foi até a residência do irmão de Silval, Antônio na companhia de Valdinei Mauro de Souza, conhecido por Nei. No local, Silval teria orientado a negociar a renovação do contrato diretamente com Riva. 

 

A Consignum fornecia o software que calculava a margem para os servidores estaduais tomarem empréstimos consignados, ou seja, com desconto diretamente na folha de pagamento, bem como os descontos de convênios. O Governo do Estado rompeu o contrato com a empresa em 2016.

 

O dono da Consignum, Mischur, foi preso em março de 2016, durante a Operação Sodoma, pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz). Após prisão, o proprietário passou a ser delator da operação na ocasião confirmou o pagamento de propina

 

O ex-governador, foi solto na noite de terça-feira (13), após um ano e nove meses preso. Após os depoimentos, sem delação premiada, a juíza Selma determinou a soltura mediante a entrega de 5 bens que somariam a quantia de R$ 46 milhões. Silval permanecerá em prisão domiciliar até a conclusão processo.

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