Cuiabá, 13 de Maio de 2024

POLÍTICA Quinta-feira, 08 de Fevereiro de 2018, 10:28 - A | A

08 de Fevereiro de 2018, 10h:28 - A | A

POLÍTICA / "PEDALADAS FISCAIS"

CPI deve ouvir governador sobre supostos desvios; Taques se diz tranquilo

Da Redação



(Foto: AL-MT)

Taques na AL.jpg

 

O chefe do Executivo estadual, o tucano Pedro Taques, deverá ser convocado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Fundos, que investiga na Assembleia Legislativa, suposto desvio de finalidade dos recursos do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), realizado pelo gestor como forma de quitar débitos com servidores da sua administração.

 

A informação sobre a possível convocação foi dada nesta última quarta-feira (07), pelo presidente da CPI, o deputado socialista, Mauro Savi, que acredita que o governador não irá se opor à realização do depoimento, uma vez que tem dito que cabe ao Parlamento fiscalizar o Executivo e ainda que estaria muito tranquilo com relação a CPI, que jáa vem sendo conhecida como a CPI das Pedaladas Fiscais.

 

'Tenho certeza que o governador não vai se opor a prestar um depoimento aos deputados, já que prega transparência nas ações do Governo'.

 

No início desta semana, a CPI aprovou requerimentos solicitando informações ao Governo do Estado e ao setor produtivo. Os membros da Comissão querem respostas sobre a área plantada de soja, em hectares, produtividade de quilos de grãos por hectares. Também foi solicitada a estimativa  do setor neste ano. O objetivo é apurar se há evasão de recursos dos produtores. 

 

Com 16 assinaturas e com a maioria dos deputados estaduais da base governista, na Assembleia, tendo aderido a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), Taques vem revelando à imprensa que está muito tranquilo quanto a  investigação. 'Quem não fez nada errado, não teme'.

 

Ainda de acordo com o gestor tucano, ele tem dito aos parlamentares que esta é a tarefa do Legislativo, fiscalizar. E que a situação, claro, não é boa, já que é um ano eleitoral, mas pode ser contornada. 

 

O governador igualmente tem revelado que as suspeitas geradas sobre o uso do dinheiro dos fundos está pautada nas dificuldades financeiras que o Estado enfrenta. 

 

'Nós não temos recursos. Temos dificuldades em vários cantos, temos atraso da emendas, da saúde, dos poderes e da folha. No ano de 2017, tivemos que tirar R$ 959 milhoes da Fonte 100 para cobrir o furo da previdência, então, a equação é simples: não fizemos nada errado',  sustenta.

 

A ideia de investigar o suposto desvio de finalidade dos recursos do Fethab havia sido proposta pelo deputado Oscar Bezerra (PSB) no final do ano passado. Com a denúncia da Associação Mato-Grossense dos Municípios (AMM) de um possível desvio de finalidade também dos recursos do Fundeb, outros deputados aderiram a ideia de que uma CPI era necessária.

 

Assinaram a CPI os deputados Romoaldo Junior (MDB), Janaina Riva (MDB), Silvano Amaral (MDB), Valdir Barranco, Alan Kardec (ambos do PT), Oscar Bezerra (PSB), José Domingos Fraga (PSD), Zeca Viana (PDT), Wancley Carvalho (PV), Mauro Savi (PSB), Adalto de Freitas (Solidariedade) - o Daltinho, Guilherme Maluf (PSDB), Baiano Filho (PSDB), Wagner Ramos (PSD), Adriano Silva (PSB) e o líder do Governo, Dilmar Dal'Bosco (DEM). 

 

Ficaram de fora os deputados Eduardo Botelho (PSB), presidente da Assembleia Legislativa, Gilmar Fabris, Leonardo Albuquerque, Pedro Satélite e Ondanir Bortolini, o Nininho, todos do PSD, além de Sebastião Rezende (PSC), Jajah Neves e Saturnino Masson, ambos do PSDB.

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