Cuiabá, 07 de Maio de 2024

JUDICIÁRIO Terça-feira, 22 de Março de 2022, 16:51 - A | A

22 de Março de 2022, 16h:51 - A | A

JUDICIÁRIO / FALTA DE JUSTA CAUSA

MP arquiva inquérito contra Taques por suposto recebimento de caixa 2 em R$ 500 mil

Thays Amorim
Única News



O promotor eleitoral Arnaldo Justino da Silva promoveu na última segunda-feira (21) o arquivamento de um inquérito policial contra o ex-governador Pedro Taques (Solidariedade) por suposto recebimento de caixa 2 da empresa HL Construtora, no montante de R$ 500 mil, no âmbito da eleição ao Governo de 2014.

Recentemente, uma série de inquéritos e ações judiciais, que também estavam baseadas na delação do empresário Alan Maluf, foram arquivadas.

A investigação teve como base os depoimentos de Malouf na colaboração premiada, na qual o empresário afirmou que foi até a empresa HL Construtora, com seu amigo Pascoal Santulo Neto, para conseguir a doação de campanha. Na reunião, Taques já teria conseguido R$ 500 mil, sendo que R$ 250 mil já teriam sido encaminhados à Paulo Taques.

Em sua delação, Alan afirmou que não ter conhecimento sobre a forma do pagamento do valor repassado por Helmuth Maaz Filho, dono da construtora, à Paulo Taques, bem como disse não saber se o empresário realizou o pagamento da outra parcela de R$ 250 mil à campanha de Taques.

“Ademais, o colaborador esclareceu que o valor doado não foi registrado na campanha e disse não ter informação acerca do recebimento do saldo remanescente”, destacou.

Por outro lado, Pascoal negou que teria ido com Alan pedir auxílio para a campanha a Helmuth, afirmando que Malouf teria lhe dito que pediu doação ao proprietário da construtora, que afirmou que já havia doado a outro candidato.

As doações oficiais realizadas por Helmuth, dono da HL Construtora, foram ao então candidato Fábio Garcia na quantia de R$ 47 mil, sendo totalizado R$ 55,2 mil pela sua empresa. “Ou seja, não se observou registro de doação eleitoral feita por Helmuth ou sua empresa HL Construtora ao então candidato Pedro Taques”.

O proprietário da HL Construtora disse que Alan foi até o seu escritório com Pascoal, solicitando o fundo de R$ 500 mil. Contudo, o empresário teria dito que a sua empresa não teria condições de doar a quantia, pois estava sem receber valores de contratos firmados com o governo anterior.

Taques negou os fatos da delação de Alan Malouf, afirmando que ele e nem Pascoal possuíam autorização para pedir dinheiro a terceiros em seu nome. Segundo o MP Eleitoral, os fatos narrados na delação não são corroborados por nenhuma prova.

“De posse de todas as informações, a Autoridade Policial ao observar que os fatos trazidos pelo colaborador Alan Malouf não foram confirmados por nenhuma outra prova, e ainda foram refutadas pelas declarações dos demais envolvidos, os quais negaram o suposto esquema noticiado, diante da ausência de elementos de materialidade e autoria e da inexistência de linha investigativa idônea capaz de fomentar a continuação da apuração policial, restituiu o feito a esta Promotoria Eleitoral, com sugestão de arquivamento”, apontou o órgão ministerial.

Alan chegou a entregar duas mídias com documentos e vídeos das suas declarações prestadas ao Ministério Público Federal (MPF). Segundo análise da Polícia Federal, não existem elementos adicionais que possam solidificar as informações repassadas na delação.

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