Ana Adélia Jácomo
Única News
Após ter sido condenado a pagar R$ 100 mil a título de indenização por danos morais coletivos à comunidade LGBTQI+, o ex-deputado federal, Victório Galli (PSL), publicou uma imagem onde compara sua situação com a do grupo Porta dos Fundos.
Galli usou a polêmica envolvendo o especial de Natal “A Primeira Tentação de Cristo”, disponível na NetFlix, que mostra um relacionamento homosexual entre Jesus (Gregorio Duvivier) e seu amigo, Orlando (Fábio Porchat).
“Justiça me condenou a pagar R$ 100 mil por defender os princípios cristãos. Porta dos Fundos faz filme afrontando os princípios cristãos e a justiça não fez nada. Pode isso Arnaldo?” (sic).
O texto foi divulgado por meio de uma foto, onde o ex-deputado aparece segurando um papel com os dizeres e fazendo careta. Galli foi condenado após afirmar, em entrevista a uma rádio local, que o personagem da Disney, Mickey, é homossexual e faz apologia “gayzista” às crianças.
“Onde é que se viu há tempos atrás homem usar saia, homem vestir roupa de mulher, vestir sutiã, deixar os peito crescer, faz tudo querendo ser mulher? Onde que via isso lá atrás? Estão chamando isso de modernidade. Isso é sem-vergonhice. Entendeu? Homem tem que ser homem. Mulher é mulher", esbravejou o ex-deputado.
A Netflix emitiu um comunicado sobre o especial de Natal: "Valorizamos a liberdade artística e o humor por meio da sátira nos mais diversos temas culturais da nossa sociedade e acreditamos que a liberdade de expressão é uma construção essencial para um país democrático".
Circula na internet uma petição online com mais de dois milhões de assinaturas, que pede "o impedimento do filme de Natal da Netflix e Porta dos Fundos, por ofender gravemente os cristãos". Além disso, a polêmica vem dividindo as redes sociais, com opiniões favoráveis e contrárias ao especial.
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