Cuiabá, 27 de Abril de 2024

POLÍTICA Domingo, 20 de Janeiro de 2019, 15:37 - A | A

20 de Janeiro de 2019, 15h:37 - A | A

POLÍTICA / CAIXA NO VERMELHO

Com falta de repasses para comida de detentos, Mendes teme ataques em MT

Da Redação



Foto: (Luana Valentim)

MENDES

 

Diante da dificuldade que o Estado tem tido para pagar as empresas que fornecem comida para os detentos, o governador Mauro Mendes (DEM) disse em reunia com empresários ni Palácio Paiaguás, no inicio desta semana, que está preocupado com uma possível rebelião nos presídios de Mato Grosso.

O ‘rombo’ financeiro do Estado tem colocado Mendes em uma situação complicada. Conforme o democrata, o temor é que os líderes das facções ordenem uma onda de ataques pelas cidades de Mato Grosso, assim como vem acontecendo no Ceará.

No encontro, Mendes foi questionado sobre a série de medidas, como o aumento de impostos às empresas, para tirar Mato Grosso da crise.

“Claro que a mudança de tributação gera desconfiança, concordo com os senhores. Mas o que mais gera insegurança e espanta o investidor, é um Estado que não cumpre o seu papel. Daqui a pouco, se não pagarmos a comida dos presos vai ter rebelião em Mato Grosso. Vai morrer gente. Então os caras [líderes de facções] vão determinar, por falta de comida lá dentro, o mesmo que vem acontecendo no Ceará. Isso sim é muito pior para o Estado”, destacou.

No Ceará, os ataques se iniciaram no dia 2 de janeiro, após o governo aumentar a fiscalização como forma de impedir a entrada de celulares nas cadeias, além de proibir que os presos da mesa facção ficassem reunidos em uma mesma ala como forma de desarticular o crime organizado.

Contrariados, os principais líderes de facções já ordenaram mais de 150 atentados em várias cidades do Ceará, como incêndio a ônibus, explosão de pontes, disparos em agências bancárias e ataques a prédios públicos.

Buscando evitar que a situação seja replicada em Mato Grosso, Mendes tenta recuperar as finanças do Estado e pagar os fornecedores da Segurança Pública e de outras áreas.

Uma das principais medidas para gerar economia e aumentar a arrecadação dos cofres públicos é o ‘pacotão’ de projetos de lei que foi enviado para aprovação dos deputados estaduais na Assembleia Legislativa.

A equipe econômica de Mendes pretende reduzir nove secretarias, demitir mais de 3 mil cargos comissionados e extinguir seis empresas públicas.

Outro projeto importante – na avaliação do governo – é a cobrança do imposto do novo Fundo Estadual de Transporte e Habitação, que pode aumentar a arrecadação do Estado em mais de R$ 900 milhões.

Mendes ainda enviou à Assembleia um decreto de calamidade financeira que também precisa ser aprovado pelos parlamentares.

Com o decreto, o democrata espera flexibilizar a vinda do Auxílio Financeiro para Fomento das Exportações [FEX], no valor de R$ 450 milhões por meio de um crédito suplementar do Governo Federal.

A medida também ajudará o governo a renegociar empréstimos bancários, principalmente com o Bank Of America, no valor de R$ 250 milhões por ano. De acordo com Mauro, o déficit nas contas públicas é de R$ 3,9 bilhões em 2019. 

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