Marisa Batalha e Claryssa Amorim
(Foto: reprodução)
Nesta terça-feira (11), em entrevista à Rádio Capital FM, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Eduardo Botelho (DEM), declarou apoio às decisões do governador eleito Mauro Mendes, também de seu partido, em reduzir os gastos no Executivo.
Assegurando ainda que a Casa de Leis não ficará assistindo a crise econômica do Estado e seguirá o ‘exemplo’ cortando, igualmente, despesas do poder, já com a meta estabelecida de atingir pelo menos em 5%, a redução de gastos.
Botelho abriu mão, junto com seus colegas de Legislativo, do aumento do duodécimo que será congelado e muito possivelmente o Parlamento deverá abrir mão dos mais de R$ 100 milhões em duodécimos atrasados, de modo a não prejudicar o caixa do Executivo.
O presidente da Mesa Diretora também seguirá os passos do novo governador, aderindo, como já anunciado por Mendes no seu governo quanto a demissão de mais de três mil comissionados, que igualmente, a Assembleia deverá realizar a demissão de servidores comissionados. E ainda voltando a discutir as emendas parlamentares somente após o gestor democrata ter conseguido reequilibrar as contas, tirando o caixa do Estado do vermelho.
Em reunião com os deputados na última quinta-feira (06), Mendes pediu o apoio da Casa, após colocar na mesa a realidade em que Mato Grosso se encontra, com um déficit de R$ 1,5 bilhão na receita. Esse montante inclui atrasos de três anos nos repasses à saúde aos municípios.
“O aperto é para todos, então vamos fazer. Não pode ser só do Executivo. Se temos que diminuir gastos, então vamos nos adequar a isso, porque é necessária essa mudança. O Estado vai reduzir o tamanho da máquina e vamos seguir fazendo o mesmo, enxugando gastos também na AL”, declarou o presidente da Casa.
O deputado democrata ainda pontuou que outros gastos já estão na mira do Poder para serem reduzidas. Assim, poderá haver cortes no aluguel de avião para deputados, em combustíveis, passagens terrestres e aéreas para funcionários. E uma parte na redução deve acontecer na área de informática da Casa. Segundo Botelho, em informática a Assembleia gastou mais de R$ 30 milhões, ou seja, será cortado algumas manutenções.
Concordando igualmente com Mauro sobre as mudanças que precisam ser feitas na Lei Orçamentária Anual (LOA), aumentando a corrente liquida em quase R$ 2 bilhões a mais do que proposto pelo governador Pedro Taques (PSDB).
Sobretudo, ainda revela Botelho, que cada ‘instância de poder’, dê sua cota de sacrifício, como ainda deve fazê-lo o agronegócio que vem sendo tema de debate por conta de uma possível taxação. Admitindo, no entanto, que as “reclamações” dos produtores são justas quanto a cobrar – em caso de taxação sobre o setor -, que o dinheiro que eles colocarem no governo, parte dele seja usado para a realização de melhorias nas estradas de Mato Grosso.
Ainda admitindo que não entende as dívidas do governo atual, lembrando que a Assembleia assumiu – como dever -, um custo de R$ 60 milhões anual com os aposentados desde 2017. E ainda assim, Taques ficou devendo em torno de R$ 100 milhões para a Assembleia em duodécimos.
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