Cuiabá, 07 de Maio de 2024

POLÍTICA Quinta-feira, 08 de Junho de 2017, 11:57 - A | A

08 de Junho de 2017, 11h:57 - A | A

POLÍTICA / BARRIGA DE ALUGUEL

Adiado depoimento de Zaqueu e sem nova data, inquérito deve ser prorrogado

Da redação



(Foto: Internet)

 

O depoimento do ex-comandante da PM, coronel Zaqueu Barbosa, que estava previsto para ser realizado na tarde desta última quarta-feira (7), foi adiado por questões internas. 

 

O coronel Jorge Catarino Morais Ribeiro, responsável pelo Inquérito Policial Militar (IMP), avalia que ainda sem nova data, o inquérito pode ser prorrogado.

 

O coronel Catarino não detalhou sobre as razões do adiamento. “O depoimento do coronel Zaqueu estava marcado para quarta-feira, mas eu cancelei e ainda não tenho previsão para ouvi-lo. O adiamento aconteceu por questões internas, de diligências, por questões minhas mesmo. Nada de especial”.

 

Não existe previsão para uma nova data, que deve ser remarcada para os próximos dias. Por isso a apuração do IPM, que deveria ser concluído na próxima semana, vai demandar mais tempo.

 

Também de acordo com o coronel, “nós temos 20 dias para concluir o inquérito. No entanto, eu acho que vou pedir a prorrogação, pois ainda estou colhendo alguns depoimentos. Acredito que já vamos entrar numa fase mais decisiva na próxima semana. Estamos analisando documentos e possíveis provas que estão chegando até nós para concluirmos o inquérito de maneira correta e isenta”.

 

O esquema de escuta ilegal foi denunciado pelo promotor de Justiça Mauro Zaque. Segundo as investigações, mais de 120 nomes teriam sido alvo do esquema de escuras clandestinas, entre eles estariam jornalistas, advogados, políticos e agentes públicos.

 

As vítimas tiveram os sigilos telefônicos quebrados de forma irregular, inseridos em uma lista de suspeitos de tráfico internacional de drogas, cujo método é conhecido como 'Barriga de Aluguel'.

 

O coronel está preso na sede do Batalhão de Operações Especiais (Bope) desde o dia 23 de maio, após o juiz Marcos Faleiros, da 11ª Vara Criminal de Cuiabá decretar a sua prisão.

 

O juiz também decretou a prisão do cabo da PM Gerson Luiz Ferreira, suspeito de ser o executor dos esquemas de escutas ilegais. O militar preso, também no dia 23, está detido no Batalhão de Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam). O cabo prestou depoimento na tarde da última terça-feira (6).

 

Conforme as investigações, durante a ação ele teria alugado um apartamento no primeiro andar do edifício Master Center, nas proximidades do morro da Caixa D´Água, centro de Cuiabá.

 

A polêmica dos grampos ilegais feitos por investigação da PM, veio à tona no dia 11 de maio, quando o promotor Mauro Zaque relatou que escutas clandestinas estariam sendo feitas no âmbito do Comando Geral da PM. O caso ganhou ainda mais notoriedade no dia 14 de maio, domingo, quando foi ao ar uma matéria no Programa Fantástico da Rede Globo, denunciando a ação.

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