Keka Werneck
Única News
A deputada Janaina Riva (MDB) disse na sessão de hoje (23) da Assembleia Legislativa, após derrubada do projeto de “feriadão” enviado por Mauro Mendes (DEM), que agora a responsabilidade pelo controle da Covid-19 é compartilhada, ou seja de todos, do Governo, dos deputados e também dos empresários, comerciantes e parte da sociedade que não quer parar. “Precisamos de cada um”, cobrou.
Ela disse isso na discussão de um outro projeto do Executivo, que impõe multa e sanções a quem infringir as regras do decreto estadual. O projeto, que tem sido chamado de PL da "guerra às aglomerações", diz que quem for pego pela fiscalização em flagrante – sendo cidadão comum - terá que pagar R$ 500 e, no caso de reincidência, três vezes mais que isso: R$ 1500. Já a multa de empresários impostas a R$ 10 mil chegaria a R$ 30 mil. Se reincidir mais de duas vezes, terá o estabelecimento interditado por um mês. O projeto agora vai para sanção do Governo, mas como é o autor então a sanção deve ocorrer de imediato.
Assim como Janaina, outros deputados usaram a tribuna para cobrar uma postura bélica da sociedade contra a Covid. O deputado Carlos Avalone (PSDB) pediu conscientização, como primeiro passo para mudar esse cenário assustador. Nesta segunda (22), boletim epidemiológico trouxe 125 mortes e hoje mais 95, configurando um possível pico nesta segunda onda. “Algo tem que ser feito”, afirmou o tucano, cobrando respeito às regras. Ele ficou responsável por fazer uma reunião virtual com o setor produtivo e pedir colaboração.
Deputado Paulo Araújo (PP) ressaltou ser favorável ao “lockdown da bebida alcoólica”, porque boa parte das aglomerações são regadas à cerveja. “Não sou contra beber, nem se reunir, mas a gente tem que se precaver, estamos em uma pandemia”, alertou, lembrando que se as regras não forem cumpridas podemos não escapar de um lockdown de fato mais adiante.
Presidente da Assembleia, Max Russi (PSB), disse estar preocupado. “Existe uma preocupação muito grande dentro deste parlamento com a vida”, assegurou. Segundo ele, é hora de dar as mãos, para que “possamos passar por essa crise, que tem assolado os municípios na questão da saúde, social, econômica, nas empresas e todos os setores (...) E precisamos avançar logo na vacinação, que é a saída. Precisamos todos juntos fazer um pacto, uma cruzada”.
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