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POLÍTICA Terça-feira, 03 de Maio de 2022, 16:16 - A | A

03 de Maio de 2022, 16h:16 - A | A

POLÍTICA / PELA "MILÉSIMA VEZ"

Cansado de “bater na trave”, Procurador Mauro vai tentar cadeira de deputado federal

Abraão Ribeiro
Única News



Já virou figura folclórica da política mato-grossense. Se tem eleição, tem Procurador Mauro (PSOL) na disputa.

Com um histórico de votações expressivas nas últimas eleições que disputou, mas sem vitória nas urnas, o cantor de lambadão decidiu, dessa vez, não tentar mais nenhum cargo executivo ou senatoria – que sempre lhe fez bater na trave – e anunciou, em suas redes sociais, que é pré-candidato a deputado federal pelo PSOL.

Em conferência eleitoral realizada neste sábado (30), o Diretório Nacional do PSOL aprovou o apoio à pré-candidatura de Lula (PT) para a Presidência da República. A reunião também definiu o programa político que será defendido pelo PSOL nas eleições de 2022. Com isso, o líder do partido solcialista em Mato Grosso definiu que rumo tomar: ser candidato a deputado federal.

O fim das coligações impedirá que estranhas alianças se formem em busca do voto, como aconteceu em 2018, quando a coligação liderada pelo senador e candidato ao Governo Wellington Fagundes (PL) conseguiu a proeza de transformar em companheiros a deputada federal Rosa Neide (PT) e o deputado federal radical de direita José Medeiros (Podemos).

A bancada de Mato Grosso na Câmara tem oito cadeiras e os militantes do PSOL deverão brigar por uma para o Procurador Mauro.

Com pequeno espaço na propaganda eleitoral do rádio e TV, o PSOL explora as redes sociais, onde o Procurador Mauro é figura presente, todos os dias, não para falar em política, mas na divulgação de sua banda de lambadão, 'Os Ciganos', onde canta em ritmo dançante a musicalidade cuiabana.

O Procurador Mauro coleciona derrotas desde 2006, mas sem que esse desfecho o desmotive.

Em todas as disputas, ele enfrentou coligações estruturadas sob todos os aspectos incluindo a capilarização municipal de seus partidos, por meios de diretórios e comissões provisórias, o que não acontece com o PSOL.

Oito eleições

Mauro César Lara de Barros, o Procurador Mauro, tem 46 anos, é procurador da Fazenda Nacional lotado em Cuiabá, onde nasceu, e cantor da banda 'Os Ciganos', de sua família.

Fora do período eleitoral, ele não participa de atos políticos nem de reivindicações populares.

A cada dois anos, se licencia de sua função, o que gera crítica de opositores, que o acusam de se beneficiar da legislação para receber salário sem trabalhar enquanto concorre a mandatos eletivos.

Na eleição suplementar de 2020 ao Senado, o maior nome do PSOL em Mato Grosso conquistou 97.573 votos, ficando em sexto lugar. Carlos Fávaro (PSD), que já exercia o cargo, acabou vitorioso na disputa, com folga em relação aos demais candidatos. Esta foi a oitava eleição que o Procurador Mauro disputou, mas não levou.

Em 2018, quando disputou uma vaga ao Senado, o procurador Mauro de Lara se viu derrotado nas urnas pela sétima vez. Naquele ano, ele alcançou 226 mil votos, sua maior marca eleitoral desde que começou a tentar um cargo na política eleitoral.

Dois anos antes, registrou 71,3 mil votos na disputa pela Prefeitura de Cuiabá, ficando em terceiro lugar, atrás de Emanuel Pinheiro (MDB), eleito, e Wilson Santos (PSDB).

Quando disputou a federal em 2014 obteve a sétima melhor votação entre os candidatos, com 84,2 mil votos. Eram oito vagas. Ficou de fora por causa do quociente eleitoral, que em 2022 subiu para mais de 180 mil votos.

Em 2010, o Procurador Mauro de Lara concorreu ao Senado pela primeira vez. Conquistou 97,8 mil votos, mas foram eleitos Blairo Maggi e Pedro Taques.

Em 2008, tentou o Executivo da Capital mato-grossense pela primeira vez e, com apenas 10,8 mil votos, ficou em último lugar. Wilson Santos foi eleito prefeito.

A primeira disputa por votos ocorreu em 2006, o procurador foi candidato e já se apresentou ao cenário político na disputa ao governo estadual. Foi o quarto colocado, com 31,3 mil votos, disputando com nomes como Blairo Maggi, eleito naquele ano, Antero Paes de Barros e Serys Slhessarenko.

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