Cuiabá, 26 de Abril de 2024

POLÍCIA Segunda-feira, 20 de Janeiro de 2020, 09:41 - A | A

20 de Janeiro de 2020, 09h:41 - A | A

POLÍCIA / NA ARENA PANTANAL

Mulheres organizam ato contra a contratação do goleiro Bruno pelo Operário de VG

Elloise Guedes
Única News



A nova contratação do Clube Esportivo Operário Várzea-grandense vem causando indignação a representantes de várias entidades que defendem os Direitos da Mulher em Mato Grosso. Um grupo de mulheres estão organizando um ato contra a chegada do jogador. A manifestação está marcada para terça-feira (21), às 19 horas, na Arena Pantanal.

Bruno cumpre pena em regime semiaberto em Varginha-MG, pelo homicídio de Eliza Samudio. O contrato do jogador será de um ano e o salário de quase R$ 5 mil.

Na última semana, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) emitiu parecer favorável para transferência do goleiro Bruno Fernandes para o clube Operário Várzea-grandense. O pedido realizado pelo Operário, foi atendido pelo promotor Aloísio Rabelo de Rezende.

Operário também pediu a transferência da execução da pena de Bruno para a cidade de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá. A decisão de autorizar a vinda ou não do goleiro ficará a cargo do juiz Tarcísio Moreira de Souza.

A organização, que se define como suprapartidária, quer chamar a atenção para a contratação de um feminicida condenado para um cargo de visibilidade. A manifestação já está sendo movimentada nas redes sociais. Várias mulheres estão usando a hastag #BrunoNão.

A torcida

Nas redes sociais do time, vários torcedores estão repudiando a nova contratação. Há comentários na conta do Instagram do clube de torcedores que se dizem envergonhados se essa nova contração, de fato, acontecer.

A procuradora Glaucia Amaral apoiou o boicote da torcida como uma forma de protesto. "Esperamos um boicote da torcida do Operário. Ninguém compra camiseta, ninguém vai aos jogos. Para os dirigentes sentirem que esse tipo de atitude não vale a pena", disse a procuradora.

O Feminicídio

Bruno foi preso em setembro de 2010 e condenado em março de 2013 pelo homicídio triplamente qualificado de Eliza Samudio e pelo sequestro e cárcere privado do filho, Bruninho. Ele também havia sido condenado por ocultação de cadáver, mas esta pena foi extinta, porque a Justiça entendeu que o crime prescreveu sem ser julgado em segunda instância. As penas somadas são de 20 anos e 9 meses.

Atualmente, o goleiro cumpre pena em regime semiaberto domiciliar em Varginha, onde está desde abril de 2017. Ele conseguiu a progressão de pena em 19 de julho, após uma decisão da 1ª Vara Criminal e de Execuções Penais do município.

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