Ari Miranda
Única News
Dois detentos foram encontrados mortos dentro de suas celas na manhã desta quinta-feira (28), durante a conferência de presos, na Penitenciária Estadual Dr. Osvaldo Florentino Leite Ferreira, o “Presídio do Ferrugem”, em Sinop (499 Km de Cuiabá). Welisson da Silva (24) e Daniel Souza Campos (28) foram executados com requintes de crueldade. Um dos corpos teve os braços e orelhas cortados e ambas as vítimas tiveram suas cabeças decapitadas e colocadas sobre seus corpos, que foram localizados pelos policiais penais da unidade, durante a conferência dos presos.
De acordo com a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT), o corpo de Welisson foi achado no raio 2 da unidade, na ala 4. Já Daniel estava na ala 3, raio 3 da unidade prisional, situada no norte do estado. Segundo informações da página Sinop Urgente, um dos corpos estava desmembrado, com a cabeça arrancada e braços dilacerados.
Os assassinatos possuem características de execuções praticadas por facções criminosas. Além disso, uma mensagem atribuída a membros da facção Comando Vermelho (CV), destacando que o crime teria sido cometido porque os dois detentos, supostamente, faziam parte da facção paulista Primeiro Comando Capital (PCC).
Além disso também foi divulgada nas redes sociais um bilhete uma ordem para membros de outras duas facções que estiverem detidos no Presídio do Ferrugem.
"‘PCCU’ safado aqui no Ferrugem vai morrer. Todos ‘PCCU’ e Castelar que tiver até na igreja [ala evangélica da unidade] já ‘vai subir’! (sic.) Ass: trem bala CV.MT", diz o recado escrito a caneta, em uma a folha de papel.
O termo “Castelar” faz menção à facção “Tropa do Castelar” que, segundo a Polícia Civil, foi formada em Mato Grosso no mês de novembro do ano passado por dissidentes do Comando Vermelho que, descontentes com lideranças da organização criminosa no Estado, abandonaram o grupo e criaram a nova facção, para tomar o poder do tráfico no nortão de MT.
Em nota, a Sesp informou ainda que a Polícia Civil e a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) foram acionadas para os procedimentos legais de perícia e de investigação.
A motivação e autoria das execuções serão apuradas pela Polícia Civil.
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