Cuiabá, 07 de Maio de 2024

POLÍCIA Segunda-feira, 11 de Abril de 2022, 15:27 - A | A

11 de Abril de 2022, 15h:27 - A | A

POLÍCIA / SUSPEITA DE ENVENENAMENTO

Jovem que morreu após comer bombom teria caso com mulher presa em falso sequestro

Mayara Campos
Única News



A família do jovem Gabriel Alerandro de Oliveira Silva, 24 anos, que morreu após comer um bombom supostamente envenenado, no dia 2 de abril, deu uma entrevista ao programa Cadeia Neles, da TV Vila Real, para falar sobre a suspeita do envolvimento da amante do rapaz em sua morte.

Segundo a esposa, Rutineia Egner, Gabriel chegou passando mal em casa. “Ele chegou em casa sabendo que foi envenenado. Ele chegou e falou para mim: nené, me ajuda, eu fui envenenado, me leva para UPA”.

Para ela, o jovem disse que comprou o bombom e começou a se sentir mal durante o trajeto para casa.

No entanto, a mãe de Gabriel confirmou que ele estava envolvido com uma mulher, que forjou um sequestro para conseguir o dinheiro do seguro de sua caminhonete, em dezembro do ano passado.

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Na época, a mulher foi encontrada dirigindo o veículo na região do Coxipó e foi presa logo em seguida. Ela estaria em um motel com Gabriel.

“Eu não sei de que forma, pois não sei como citar, mas ele teve envolvimento sim”, afirmou a mãe de Gabriel.

A senhora ainda conta sobre o áudio que a mulher teria mandado para o filho, chamando-o de frouxo.

“Gabriel, você f* com a minha vida, a palavra certa é essa. Eu perdi meus filhos, eu perdi minha casa, eu perdi meu patrimônio, tudo que eu levei 12 anos para construir, foi por água abaixo por causa de Gabriel. Por causa dele ser bundão, a palavra correta”, diz a amante no áudio.

A esposa Rutineia também disse que o jovem teria um plano com a amante para fugir, provavelmente, com o dinheiro do golpe. “O pensamento dela era de que ele iria me deixar e ir embora com ela, viver com ela”.

No dia que encontraram a caminhonete da amante, Gabriel estava desaparecido. Segundo a companheira do rapaz, ele teria dito que sairia logo, enquanto ela estava grávida de 7 meses, e voltaria logo, mas não foi mais visto no dia.

O sequestro falso

A empresária Ruana Fortunato de Freitas foi presa pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) na tarde do dia 2 de dezembro, pelos crimes de estelionato, falsa comunicação de crime e organização criminosa. Ela foi ouvida na sede da GCCO, após ser localizada conduzindo seu veículo em uma avenida da Capital.

O marido da empresária procurou o plantão da 1ª Delegacia de Várzea Grande, na noite do dia 1º de dezembro e registrou um boletim de ocorrência informando que estavam em uma festa, no bairro Nova Várzea Grande, quando sua companheira foi em uma distribuidora de bebidas conduzindo sua caminhonete Hilux e não retornou. Logo depois, ele recebeu imagens em vídeo que supostamente mostravam a mulher encapuzada, sendo mantida em cárcere privado.

Diante da possibilidade de um suposto sequestro, a GCCO passou a apurar a ocorrência e iniciou diligências para esclarecer o crime. No final da manhã, a investigação apontou que a camionete Hillux estava na região do Coxipó. Equipes da unidade foram ao local indicado e encontraram o veículo, sem a placa traseira, e conduzido pela, até então, vítima. Ela foi interceptada quando dirigia a camionete na avenida Arquimedes Pereira Lima (Estrada do Moinho).

Em entrevista preliminar com os investigadores, ela entrou em contradição várias vezes. Conduzida à GCCO para prestar depoimento, ela acabou confessando, durante o interrogatório, que forjou o sequestro e o roubo do veículo.

 

 

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