Cuiabá, 26 de Abril de 2024

POLÍCIA Sexta-feira, 03 de Novembro de 2017, 20:01 - A | A

03 de Novembro de 2017, 20h:01 - A | A

POLÍCIA / SEM SEGURANÇA

Família quer justiça para bombeiro, morto após ser obrigado a entrar em fosso sem equipamentos de segurança

Daffiny Delgado



Reprodução

bombeiro morto tangará

 

Familiares do soldado do Corpo de Bombeiros, Valmir Bezerra de Jesus, lotado na 3ª Companhia de Tangará da Serra, que morreu em abril de 2011, cobram justiça pela morte do ex-soldado que foi obrigado a resgatar duas pessoas presas dentro de um silo de soja na cidade, sem os equipamentos de segurança.

 

Conforme relatos, o bombeiro foi obrigado pelo sargento Rampim, a entrar no fosso e socorrer as pessoas sem o auxílio de equipamentos de segurança de respiração.

 

Um vídeo foi feito no momento do resgate e mostra os militares socorrendo as vítimas do acidente. Valmir, no momento das filmagens, já se encontrava desacordado dentro do poço. As imagens ainda mostram o bombeiro sendo resgatado, içado por uma corda, amarrada na cintura, inconsciente e sem nenhum equipamento de segurança.

 

Valmir, morreu dias após o salvamento. Ele ficou internado na UTI de um hospital particular de Cuiabá. Na época, um laudo sobre o estado de saúde do soldado apontou que 80% das funções dos pulmões fora comprometida e teve duas paradas cardiorrespiratórias.

 

Foi aberto pelo Corpo de Bombeiros um Inquérito Policial Militar (IPM), para investigar a suposta irregularidade cometida pelo sargento, responsável pelo resgate.

 

A família ainda acionou a justiça solicitando uma indenização pela morte do bombeiro. O caso ainda está em julgamento. E segundo informações, desde o início do processo, o militar não apareceu para dar seu depoimento nenhuma vez.

 

“Desde que o processo teve início Rampim, não compareceu em nenhum dos julgamentos feitos ao longo desses anos. Mês passado aconteceu novamente um julgamento e o advogado dele apresentou um documento atestando que ele não poderia comparecer. Achamos que isso tudo é uma estratégia que ele está usando, para deixar que o crime prescreva”.

 

O processo de investigação dos bombeiros não vem sendo noticiado na mídia do Estado. No entanto, diante das atrocidades que vem ocorrendo dentro da corporação depois da morte do Rodrigo Claro, fez com que a família do ex-militar procurasse a imprensa para divulgação do caso.

 

”O caso do Valmir não teve repercussão e depois da morte do Rodrigo Claro e de como o caso vem sendo tratado pelo Corpo de Bombeiros, resolvemos procurar a imprensa, para que esse processo não acabe em pizza. Dentro do Corpo de Bombeiros infelizmente impera a impunidade. Visto que os graduados apontados no caso do Rodrigo e do Valmir, vem sendo de certa forma acobertados pela corporação”, ressaltou familiar.

 

 

Um novo julgamento deve ocorrer ainda este mês. A reportagem entrou em contato com a assessoria do Corpo de Bombeiro para obter informação sobre o andamento do caso e obteve a resposta que a corporação só se manifestará sobre o caso após o feriado prolongado.

 

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