Luana Valentim
Foto: (Reprodução/Web)
Após cerca de 150 pessoas fortemente armadas invadirem na manhã deste sábado (5), possivelmente ligadas ao Movimento dos Sem Terras a Fazenda Agropecuária Bauru (Magali), em Colniza (a 1.065 km de Cuiabá), possivelmente ligadas ao Movimento dos Sem Terras, a empresa Floresta Viva lamentou o ocorrido, externando sua preocupação com a vida e integralidade física de todos os envolvidos.
A fazenda pertence ao ex-governador Silval Barbosa (sem partido) e ao ex-deputado estadual, José Riva (sem partido) e esclareceu que, desde sua aquisição, a propriedade sofre inúmeras invasões ilegais, sendo destruída e sofrendo crimes ambientais.
Todas as invasões foram devidamente comunicadas ao Poder Judiciário, mas os invasores insistem em desrespeitar as ordens judiciais, inclusive, a de afastamento dos limites da propriedade e comentem crimes de toda sorte, como ameaça e crimes ambientais.
Diante disso, a Floresta Viva contratou uma empresa de segurança privada, devidamente registrada e previamente informada às autoridades, com a finalidade de proteger o local.
“Infelizmente, no dia de hoje, empregados da empresa habilitada de segurança privada terceirizada, situada na Fazenda Bauru, sofreram uma emboscada realizada por terceiros, fortemente armados, que atentaram contra a vida dos seguranças e empregados da fazenda”, diz trecho da nota.
A Polícia Judiciária Civil do município se deslocou para a propriedade rural onde ocorreu confronto armado. De acordo com informações preliminares, o confronto teria ocorrido entre seguranças da fazenda e supostos membros do MST que tentavam “invadir” o local.
Conforme informações, o grupo de trabalhadores rurais estava na beira do rio quando foram surpreendidos pelos seguranças da fazenda.
Duas pessoas morreram e oito foram baleados. Um dos seguranças responsáveis pela proteção da área informou que os invasores estavam com armas longas, espingardas e armas de calibre 12 e 38. Eles tentaram incendiar uma caminhonete.
A Delegacia de Polícia do município solicitou reforço da Gerência de Operações Especiais, da Polícia Civil, Ciopaer, da Secretaria de Segurança Pública, e peritos da Politec de Cuiabá para realizar os trabalhos de local de crime e necropsia.
“Lamentavelmente pessoas que se autodenominam trabalhadores rurais, mas que fazem parte de um grupo armado, novamente desrespeitando ordem judicial de reintegração de posse e de afastamento dos limites da propriedade, não somente atentaram contra a vida de pessoas como pretenderam com o uso da força, invadir a propriedade rural produtiva, para cometer crimes de toda ordem”, diz outro trecho da nota.
A empresa Unifort Segurança, contratada pela família Riva para fazer a segurança da propriedade, também se manifestou por meio de nota lamentando o episódio registrado neste sábado, que envolveu supostos trabalhadores rurais e servidores da empresa. "Oportuno esclarecer que os invasores também estavam em poder de foices e facões".
Sem outra alternativa, eles explicam que os seguranças foram obrigados a reagir para salvaguardar suas vidas, assim como dos demais trabalhadores da fazenda, mas infelizmente, mesmo após a reintegração de posse e anteriormente ao conflito de hoje, pessoas que se denominam trabalhadores rurais e que deveriam se manter do lado externo da propriedade, insistem em descumprir a determinação judicial.
Veja a nota na íntegra:
A empresa Floresta Viva, em decorrência dos últimos fatos ocorridos em sua propriedade rural situada em Colniza-MT, esclarece:
1) A Fazenda Bauru desde sua aquisição sofre inúmeras invasões ilegais, onde a propriedade é destruída e crimes ambientais são realizados. Todas as invasões foram devidamente comunicadas ao Poder Judiciário;
2) Os invasores insistem em desrespeitar as ordens judiciais, inclusive de afastamento dos limites da propriedade e, comentem crimes de toda sorte, como ameaça e crimes ambientais. Tais ocorrências sempre foram devidamente comunicadas em tempo e modo às autoridades competentes;
3) Em razão das inúmeras invasões, a empresa contratou uma empresa de segurança privada, devidamente registrada e previamente informada as autoridades, com a finalidade de proteger o local das inúmeras invasões;
4)Infelizmente, no dia de hoje, empregados da empresa habilitada de segurança privada terceirizada, situada na Fazenda Bauru, sofreram uma emboscada realizada por terceiros, fortemente armados, que atentaram contra a vida dos seguranças e empregados da fazenda.
4) Lamentavelmente pessoas que se auto denominam trabalhadores rurais, mas que fazem parte de um grupo armado, novamente desrespeitando ordem judicial de reintegração de posse e de afastamento dos limites da propriedade, não somente atentaram contra a vida de pessoas como pretenderam com o uso da força, invadir a propriedade rural produtiva, para cometer crimes de toda ordem.
6) A empresa de segurança limitou-se a se defender no intuito de garantir a integridade física dos seus empregados.
7) A empresa Floresta Viva, imediatamente após o ocorrido, comunicou os fatos as autoridades competentes.
8) Igualmente, como em todas as ocasiões, a empresa Floresta Viva levará a situação ao Poder Judiciário para garantir a ordem e o cumprimento da lei.
9) Por fim, a empresa lamenta o ocorrido, externando sua preocupação com a vida e integralidade física de todos os envolvidos.
Dauto Passare - Advogado.
Nota da Empresa Unifort
A Empresa Unifort Segurança lamenta o episódio registrado durante este sábado, 5/1/2019, dentro da fazenda Bauru, em Colniza, próximo à sede, e que envolveu supostos trabalhadores rurais e servidores da empresa.
Nesta data, um grupo de seguranças sofreu uma emboscada e foi surpreendido com disparos de arma de fogo, que atingiram o carro empregado pela equipe para realização de rondas.
Oportuno esclarecer que os invasores também estavam em poder de foices e facões.
Sem outra alternativa, os seguranças foram obrigados a reagir para salvaguardar suas vidas, assim como dos demais trabalhadores da fazenda.
Infelizmente, mesmo após a reintegração de posse e anteriormente ao conflito de hoje, pessoas que se denominam trabalhadores rurais e que deveriam se manter do lado externo da propriedade, insistem em descumprir a determinação judicial de 31/10/2018.
Registramos várias ameaças e invasões, incluindo disparos de armas de fogo durante as madrugadas em uma explícita ameaça aos funcionários da fazenda.
Imperativo esclarecer que em outubro de 2018, a Segurança Pública de Mato Grosso recebeu comunicado da empresa Unifort Segurança versando do perigo iminente naquela região, mas a postura por parte do Executivo foi de inércia.
Reafirmamos que mesmo após a reintegração de posse, cumprida em dezembro de 2018, não se registrou a ampliação do número de efetivo policial.
A Unifort é uma empresa constituída há mais de 20 anos no estado e que emprega hoje mais de 400 pais e mães de família e estará à disposição para esclarecimentos perante as autoridades competentes.
Assessoria Jurídica da Unifort Segurança.
Antônio César da Silva Costa
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