Cuiabá, 08 de Maio de 2024

POLÍCIA Terça-feira, 07 de Março de 2023, 12:52 - A | A

07 de Março de 2023, 12h:52 - A | A

POLÍCIA / CASO DAVI HEITOR

Delegado cita postura dissimulada de padrasto; morte foi motivada por vingança

Aline Almeida
Única News



Apesar de alegar ter "dado branco" sobre o porquê de ter matado o pequeno Davi Heitor Prates, o padrasto teria tido como principal  motivo a vingança. É o que aponta o delegado de Colíder (648 km de Cuiabá) Breno Houly. A criança, de apenas 5 anos, foi morta por José Edson Santana, 33 anos na última sexta-feira (3). O corpo do menino, que estava desaparecido, foi encontrado apenas nesta segunda-feira (6), após trabalhos de buscas.

O homem tinha um plano de que, matando o menino, a ex ficasse fragilizada e fosse embora com ele para Pernambuco. José já tinha comprado passagem só de ida para o estado. “O pai da criança tinha vínculo com a mãe e José queria que ela fosse com ele para Pernambuco, mas ela não queria ir pelos filhos e não romper com esse vínculo aqui. Ele acreditou que, com o filho falecendo, ela ficaria muito frágil e iria segui-lo. Ele já tinha comprado no dia 28 de fevereiro a passagem só de ida para Pernambuco”, disse o delegado.

 

Breno ressalta que o padrasto confessou o crime. Mas antes disso, chegou até ajudar na busca da criança. “O autor desse crime bárbaro estava dissimulando que estava ajudando nas buscas. Ele sabia que a criança estava morta e estava ajudando, pois era ex-companheiro da mãe da vítima. No primeiro momento, a mãe se negava a aceitar de que ele poderia ser um suspeito, que ele era bom para as crianças e as crianças confiavam nele”.

O delegado cita a frieza do homem, que em nenhum momento mostrou arrependimento. “ No local do crime tinha uma carta que ele fazia ameaças e indicando motivos do crime”, complementou o delegado.

Crime

O pequeno Davi de cinco anos, brincava na frente de sua casa junto com o irmão mais novo, na manhã da última sexta-feira (03.03), quando desapareceu. Imagens de um posto de combustível próximo à casa da criança mostram o momento em que o criminoso chega ao local. Ele teve um relacionamento anterior com a mãe da vítima e tinha confiança das duas crianças, filhos da ex-namorada. O suspeito chega de motocicleta, que ele pegou de um colega de trabalho, e para em uma esquina, quando a criança o avista e se aproxima dele.

A criança foi então colocada na garupa da motocicleta e ele diz à vítima que vai comprar uma marmita. O suspeito se dirige em direção à estrada para Nova Canaã do Norte e para na primeira ponte levando a criança até a beira do rio, dizendo que mostraria peixes para ela.

O criminoso, então, sufocou a vítima e depois que ela desacordou, amarrou uma corda na perna da criança, com uma pedra e levou o corpo até o meio do rio.

O delegado Breno Houly explica que José foi autuado em flagrante pelos crimes de homicídio qualificado (meio cruel) e ocultação de cadáver. Ele passará por audiência de custódia e será encaminhado a uma unidade prisional.

Durante interrogatório, o suspeito confessou o crime, mas alegou não se lembrar do motivo de ter cometido o homicídio. Ele teve a prisão mantida durante audiência de custódia.

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