Cuiabá, 07 de Maio de 2024

JUDICIÁRIO Quinta-feira, 25 de Janeiro de 2024, 16:17 - A | A

25 de Janeiro de 2024, 16h:17 - A | A

JUDICIÁRIO / PRESO EM CHAPADA

Ex-PM que estuprou e matou advogada fará exame de sanidade mental no dia 29

Aline Almeida
Única News



(Foto: Reprodução)

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No detalhe, a vítima, Cristiane Tirloni e o criminoso, o ex-PM Almir Monteiro dos Reis

Está agendado para a próxima segunda-feira (29) o exame de sanidade mental de Almir Monteiro dos Reis. O ex-policial militar confessou o homicídio qualificado, estupro e fraude processual no caso da morte da advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, cujo corpo foi encontrado no Parque das Águas, em Cuiabá, pelo irmão. O exame vai atestar a imputabilidade de Almir.

Cristiane foi espancada, asfixiada e morta na madrugada de 13 de agosto de 2023, na residência de Almir, no bairro Santa Amália. De acordo com a denúncia, o crime foi cometido por motivo torpe (desprezo pela vida da vítima), com emprego de asfixia mecânica, mediante recurso que tornou impossível a defesa da vítima (superioridade de força física), para assegurar a impunidade de outro crime (estupro de pessoa em situação vulnerável) e contra a mulher por razões da condição do sexo feminino, envolvendo menosprezo à condição de mulher (feminicídio).

A defesa de Almir alegou que o réu tem diagnóstico de esquizofrenia. Porém, o laudo de sanidade mental era de 2016 e já havia sido usado pelo ex-PM como defesa em outros processos, já que ele é um criminoso contumaz, tendo praticado inúmeros assaltos, mesmo quando ainda era policial. Em 2015, foi expulso da corporação.

Um novo exame foi solicitado, enquanto isso Almir segue preso na cadeia pública de Chapada dos Guimarães, destinada a ex-policiais, conforme decisão proferida pelo juiz de Execuções Penais, Geraldo Fidelis.

O crime

Segundo a Polícia Civil, Almir conheceu a advogada horas antes do crime, na noite de sábado (12) em um bar no bairro Cidade Alta, próximo à Arena Pantanal. De lá, o ex-PM saiu junto com Cristiane no veículo dela, por volta das 23h30 e seguiram para a casa dele, onde o criminoso acabou espancando e matando a advogada durante a madrugada de domingo, entre as 0h e 2h da manhã.

De acordo com as investigações da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá, Cristiane foi morta pelo ex-militar após se recusar a fazer sexo anal com o assassino. Revoltado com a recusa, ele a agrediu e, em seguida, utilizando um travesseiro, sufocou a vítima até a morte.

Após assassinar a jurista, Almir limpou o sangue dela, que ficou espalhado por móveis e cômodos da casa, com creolina e sabão em pó, numa tentativa frustrada de dificultar as investigações. Enquanto tentava apagar as provas do crime, Almir deixou o corpo de Cristiane no banco do carona do carro dela.

Por volta das 8h30 da manhã de domingo, o assassino colocou óculos escuros no corpo da mulher e levou até o Parque das Águas, onde o abandonou. Após deixar o carro e o corpo da vítima, ele pediu um carro de aplicativo e voltou para casa.

 

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