Cuiabá, 06 de Maio de 2024

JUDICIÁRIO Quinta-feira, 28 de Abril de 2022, 15:35 - A | A

28 de Abril de 2022, 15h:35 - A | A

JUDICIÁRIO / CRIME BRUTAL

Assassino de enfermeira culpa suposta “depressão” e diz que se arrependeu do crime

Thays Amorim
Única News



O maqueiro Edésio Alves de Assunção, de 51 anos, afirmou que matou a enfermeira Josilaine Maria Gomes dos Reis, aos 32 anos, devido a um suposto caso agravado de depressão e afirmou se arrepender do crime. Josilaine estava em processo de separação do réu e foi morta a facadas, na frente dos três filhos, em outubro do ano passado, no bairro Nova Esperança, em Cuiabá.

Os detalhes sobre o crime foram relatados nesta quinta-feira (21), perante ao júri popular – ao qual o Única News acompanha. A enfermeira foi morta na madrugada em que completava 32 anos, no dia 06 e outubro.

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O casal estava separado há aproximadamente 20 dias, sendo a terceira separação. Edésio disse que durante esse tempo, conversava com a vítima e mandava mensagens, mas negou as ameaças. No dia do crime, o réu, que estava morando com a mãe, disse que saiu para comprar um frango caipira no Parque Cuiabá, e que estava conversando com a vítima.

No dia do crime, o maqueiro afirmou que estava bebendo em um bar quando por volta das 1h20, pediu um Uber e foi para a chácara onde a ex morava com os três filhos. Lá, ele arrombou a porta do fundo e matou a enfermeira, que estava dormindo com as crianças ao lado.

“Cheguei lá por volta de 2h, e fui direto na porta do fundo e arrombei a porta. Eu estava tão transtornado, tão bêbado que fui direto lá e fiz aquela besteira. Eu estou super arrependido, sou um cara trabalhador, nunca dei problema para ninguém. Mas assim, aquela depressão que eu estava e a bebida na cabeça me levou a fazer aquilo”, afirmou.

No início do depoimento, Edésio chegou a afirmar que era “incentivado” a beber por Josilaine, e que ambos consumiam bebida alcoólica juntos. Além disso, ele rebateu as acusações de que agredia a vítima verbalmente e realizava ameaças, acusando a enfermeira de “provoca-lo”.

“Nunca [fisicamente]. Verbalmente e psicologicamente também nunca fiz isso. Havia aquela discussãozinha de leve, mas eu nunca levantei a voz para ela. Nunca ameacei ela. Eu sempre conversava com ela e falava “amor, vamos parar com essas brigas”. Da parte dela, ela quem provocava as brigas. Eu sou um cara calmo, tranquilo, e ela me provocava nessas palavras”, disse.

Entretanto, pessoas próximas à vítima afirmaram ao júri que dias anteriores ao crime, Josilaine estava recebendo diversas ameaças de Edésio e que já estava com medo. 

Ela temia inclusive pela vida dos filhos, e estava dormindo com as crianças na mesma cama por receio de que algo poderia acontecer. A sua irmã chegou a afirmar que ela havia “previsto” a própria morte e pedido para que a mãe cuidasse dos seus filhos, caso ela fosse morta pelo réu.

A enfermeira possuía uma medida restritiva contra o ex-companheiro e já havia denunciado as ameaças ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). O caso chegou a ser investigado pelo Ministério Público Estadual (MPE).

O julgamento do acusado teve início na manhã desta quinta, e até a publicação desta reportagem, ainda não havia sido concluído.

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