Fred Moraes
Única News
Deflagrada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quinta-feira (24), a ‘Operação Ultima Ratio’, que investiga supostos crimes de corrupção em vendas de decisões judiciais, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas no Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul (TJ-MS), com alvo em Cuiabá, foi comentada pelo governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil).
Por meio da imprensa, Mauro concordou que o caso pode manchar a imagem do Judiciário como um todo, e que as acusações são graves. No entanto, evitou aprofundar no assunto até que as investigações sejam concluídas.
“Sempre é muito ruim. O próprio Judiciário determina uma intervenção dessa, que provavelmente alguma coisa deve existir nos autos que levaram essa determinação. Vamos esperar, mas com certeza todos nós brasileiros lamentamos e aguardamos a apuração para que nada disso fique na impunidade”, declarou Mendes nesta quinta-feira (24).
Alvo em Cuiabá
O alvo da operação em Cuiabá é Andreson de Oliveira Gonçalves, lobista que seria o interlocutor do advogado Roberto Zampieri, morto em dezembro de 2023, com tribunais de Brasília, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Andreson foi alvo de busca e apreensão e também teve contas bancárias bloqueadas.
Existem outros alvos em Campo Grande, Brasília e São Paulo. A PF cumpriu 44 mandados de busca e apreensão, incluindo o gabinete de cinco desembargadores da Corte estadual e de um conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul, que foram afastados dos cargos.
A OPERAÇÃO
A Operação Ultima Ratio tem como o objetivo de investigar possíveis crimes de corrupção em vendas de decisões judiciais, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas no Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul.
Estão sendo cumpridos 44 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça em Campo Grande/MS, Brasília/DF, São Paulo/SP e Cuiabá/MT.
A ação teve o apoio da Receita Federal e é um desdobramento da Operação Mineração de Ouro, deflagrada em 2021, na qual foram apreendidos materiais com indícios da prática dos referidos crimes.
O STJ determinou o afastamento do exercício das funções públicas de servidores, a proibição de acesso às dependências de órgão público, a vedação de comunicação com pessoas investigadas e a colocação de equipamento de monitoramento eletrônico.
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