Ari Miranda
Única News
Após a repercussão local e nacional do assassinato da jovem gestante Emilly Azevedo Sena, de apenas 16 anos, lideranças políticas femininas de Mato Grosso foram às redes sociais e expressaram revolta e indignação com a forma brutal com que a adolescente, grávida de 9 meses, foi morta em uma residência do bairro Jardim Florianópolis, em Cuiabá, na quarta-feira (12).
Conforme noticiado pelo Única News, o crime foi cometido de forma fria e cruel por Nataly Helen Martins Pereira (25), que confessou ter cometido o assassinato sozinha, após atrair a garota para uma emboscada com a promessa de que receberia doação de roupas para sua bebê.
O marido de Nataly, o chef de cozinha Christian Albino Cebalho de Arruda, chegou a ser preso junto com ela, quando tentavam registrar a criança, que foi retirada da barriga da jovem após ser assassinada, e depois enterrada no quintal da residência.
Além do casal, outras duas pessoas suspeitas de terem ajudado no crime também foram presas. No entanto, na noite dessa quinta-feira, Christian e os outros dois suspeitos foram soltos. Apenas Nataly continua detida.
ENTENDA O CASO:
- Grávida aos 16 anos é atraída para receber doações e corpo é achado em cova rasa em Cuiabá
- Mulher presa por matar grávida e roubar bebê usava grupos no WhatsApp para atrair possíveis vítimas
- Grávida foi enforcada com fio de internet e bebê arrancado da barriga com faca de cozinha
- Bandido que matou adolescente grávida e roubou bebê postou foto da criança nas redes
Em publicação no Instagram, a senadora Margareth Buzetti (PSD-MT) demonstrou espanto ante a frieza e crueldade dos autores do crime.
“Até onde chega crueldade do ser humano? Meu Deus, estou até agora sem acreditar (...). Uma menina de 16 anos, pronta para trazer uma criança ao mundo, assassinada a sangue frio por monstros – não encontro outra palavra”, disse Buzetti, que pediu punição no rigor da lei aos assassinos.
“Essa é daquelas notícias que acabam com a semana de qualquer um. (...) Os quatro precisam ser condenados da forma mais severa possível. Vamos acompanhar esse caso até o fim”, completou.
Além da senadora, a primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes, comentou o caso e externou pesar aos familiares, cobrando ainda leis mais duras para crimes contra a mulher.
“Como puderam cometer tamanha brutalidade para tirar uma criança de sua própria mãe? Não consigo imaginar como deve estar a família de Emilly. Peço que esses dois monstros permaneçam presos até o julgamento”, disse Virginia.
“Nada do que for feito agora trará a vida de Emilly de volta. Ainda assim, volto a cobrar leis mais duras para casos como esse. Por isso, defendo a pena de morte ou prisão perpétua — que seja — mas algo precisa ser feito", pontuou a primeira-dama, externando ainda seus votos de pesar aos familiares e amigos da jovem.
Por fim, em um vídeo, a deputada estadual Janaina Riva (MDB) comentou a barbárie, criticando ainda as leis brandas do país, pedindo ainda à Justiça Estadual que os quatro envolvidos no crime não fiquem impunes pela brutalidade cometida contra a jovem gestante.
“É de consternar qualquer um esse crime cometido contra a jovem Emily pra roubarem o seu bebê (...). Pra gente ver como o crime vem aterrorizando aqui em Mato Grosso, especialmente contra as mulheres no Brasil. A impunidade, infelizmente, no nosso país, e as legislações brandas, fazem com que as pessoas se entendam ou se achem inatingíveis”, destacou a parlamentar, pasma com a audácia dos assassinos, que após matarem a gestante, ainda tentaram registrar o bebê roubado da barriga da jovem em um hospital da Capital.
“Deixo aqui o meu repúdio e a minha solidariedade à família da Emily e a certeza de que nós vamos acompanhar esse caso, pra que essas pessoas não estejam na rua no dia de amanhã cometendo novos crimes, como esse crime horrendo que cometeram”, pontuou.
Montagem: Única News

Emilly estava grávida de 9 meses e foi achada morta em cova rasa
O CASO
Após o desaparecimento de Emilly na quarta-feira (12), Nataly, o marido dela, Christian, foram presos no Hospital e Maternidade Santa Helena, tentando registrar a bebê recém-nascida roubada da barriga da jovem assassinada, alegando que o parto da criança aconteceu em casa.
No entanto, a equipe médica do local foi bastante perspicaz e percebeu que Nataly não tinha sinais de ter tido um parto recente. A suspeita foi confirmada através de exames que apontaram que não havia sinais de parto ou mesmo de amamentação no corpo da mulher.
A recém-nascida ficou internada no hospital e o casal foi preso em flagrante.
Na manhã desta quinta-feira (13), a Polícia Civil fez buscas na casa de outro casal e o corpo de Emilly foi encontrado na cova rasa. Eles também foram presos.
ENTRE EM NOSSO CANAL AQUI
RECEBA DIARIAMENTE NOSSAS NOTÍCIAS NO WHATSAPP! GRUPO 1 - GRUPO 2 - GRUPO 3