Ari Miranda
Única News
Após ver o prefeito Kalil Baracat (MDB) perder a disputa à Prefeitura de Várzea Grande e o colega de AL, Eduardo Botelho (UB), figurar como 3º colocado na corrida à Prefeitura de Cuiabá no último domingo (6), o deputado estadual Júlio Campos (UB) sugeriu o fechamento de todos os institutos de pesquisas eleitorais no estado.
A afirmação foi feita nesta quarta-feira (9) durante conversa com jornalistas.
"Nós tínhamos pesquisas concretas de que tínhamos muita possibilidade de ir para o 2º turno com maioria dos votos em Cuiabá, e pra ganhar com uma diferença relativamente boa em Várzea Grande” lembrou Júlio.
O reclame ocorre devido ao fato de que tanto Kalil, que era apadrinhado dele e de seu irmão, o senador Jayme Campos, na disputa eleitoral várzea-grandense, quanto Botelho na disputa ao Palácio Alencastro liderarem, quase que em sua totalidade, as pesquisas eleitorais feitas desde o início da campanha deste ano.
Porém, ambos foram surpreendidos pelos resultados reais das urnas, que destoaram totalmente dos números apresentados pelos institutos ao longo da corrida eleitoral, que apontavam vitória folgada de Kalil em VG, com quase 75% dos votos e o nome de Eduardo Botelho no 2º turno na capital.
“As [empresas de] pesquisas ficaram desmoralizadas. Tem que fechar os institutos de pesquisa, porque todos praticamente erraram em Mato Grosso”, completou.
Em Várzea Grande, a candidata Flávia Moretti (PL) acabou surpreendendo e foi a vencedora do pleito, com 50,54% (68.760 votos) contra 44,84% (61.005 votos) de Kalil. Já Botelho, que liderava as pesquisas para a Prefeitura de Cuiabá com quase 45% dos votos, ficou de fora do 2º turno, que será disputado por Abílio Brunini (PL) e Lúdio Cabral (PT), segundo e terceiro colocados dos levantamentos. Mesmo com o apoio dos irmãos Campos e do governador Mauro Mendes (UB), o candidato conseguir conquistar os votos de apenas 27,77% do eleitorado cuiabano, um total de 88.977 pessoas.
Diante dos números discrepantes, Júlio sugeriu ainda que as pesquisas, feitas atualmente de forma analógica, com papel, caneta e prancheta, sejam substituídas por pesquisas em plataformas digitais, onde a pessoa pode acessar e responder virtualmente, assegurando ainda que a mudança de opinião dos entrevistados entre os intervalos das pesquisas acabou descreditando o método usado pelos institutos.
“A pesquisa analógica não funciona mais. Nós temos que partir pra pesquisa digital", destacou.
"O pesquisador vai na sua casa fazer a pesquisa, daí a meia hora surge no seu celular uma denúncia contrária ao candidato apontado como seu possível voto. Aí você muda de opinião. Foi o que aconteceu em Cuiabá e em Várzea Grande”, pontuou.
ENTRE EM NOSSO CANAL AQUI
RECEBA DIARIAMENTE NOSSAS NOTÍCIAS NO WHATSAPP! GRUPO 1 - GRUPO 2 - GRUPO 3