Thays Amorim
Única News
O Sindicato dos Policiais Penais de Mato Grosso (Sindspen-MT) decidiu encerrar a greve pela valorização salarial dos servidores em Assembleia Geral realizada na tarde desta sexta-feira (11). A paralisação havia começado no dia 16 de dezembro e estava suspensa desde o dia 05 de janeiro.
Segundo o deputado estadual João Batista (PP), uma das lideranças ligadas ao Sindspen, as negociações pela valorização salarial continuam. A classe deve se reunir no Palácio Paiaguás, com o chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, no dia 08 de março.
Durante o movimento, a classe e o Executivo chegaram a dialogar, mas não chegaram a um acordo. O Governo ofereceu uma proposta, que foi recusada, já que a categoria reivindicava reajuste de 15%.
De acordo com o presidente do Sindspen-MT, Amaury Neves, a decisão foi tomada em conjunto com os servidores e destacou a próxima reunião com o Governo.
"As negociações das nossas pautas seguem em aberto com o executivo estadual. Não há nada definido. Teremos uma nova rodada de negociação com o secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, no dia 8 de março. A única coisa certa é que vamos lutar até o fim pela nossa valorização e pela aceitação das nossas reivindicações", explica.
Após a deflagração da greve, o sindicato foi alvo de diversas decisões do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), que ajudaram a enfraquecer o movimento. No dia 17 de dezembro, a desembargadora declarou a greve ilegal e determinou o retorno imediato dos servidores.
Mesmo com a decisão, o Sindspen manteve o movimento. O Judiciário chegou a afastar o presidente do sindicato e dobrou a multa diária para R$ 200 mil, por descumprimento à decisão de retorno.
Já no dia 24 de dezembro, o desembargador Pedro Sakamoto autorizou a suspensão do salário dos policiais penais e uso de Forças de Segurança Pública para tentar parar a greve. Com a continuidade, no dia 27 do mesmo mês, o TJMT determinou multa diária e bloqueio de contas dos dirigentes sindicalistas.
Além disso, o Governo cortou o salário de 283 policiais penais. Logo em seguida, após 16 dias de paralisação, no início de janeiro os grevistas suspenderam o movimento. O governador Mauro Mendes (União Brasil) afirmou que as negociações iriam "começar do zero".
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